Cidade
Família denuncia negligência médica em paciente com câncer no cérebro no Hospital Roberto Santos
Filho diz que pai está há uma semana internado em UTI por descuido de profissionais
Foto: Arquivo pessoal
* Atualizado às 16h20 de 29 de abril
Como se já não bastasse ter que lidar com o tratamento de um câncer no cérebro, José Bonifácio da Silva Filho, 65, teve a sua condição de saúde piorada por “negligência médica”, segundo uma denúncia do seu filho. De acordo com o desempregado Cristiano Lopes de Oliveira Silva, 41, o pai estaria há uma semana internado na UTI por descuido de profissionais do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador.
Oliveira conta que, identificado um câncer cerebral, o seu pai deu entrada no HGRS em fevereiro deste ano, onde fez uma cirurgia e retirou o tumor. Mas, quando voltou para casa, passou mal e teve que voltar à unidade médica. Lá, foi diagnosticado com hidrocefalia, então foi colocada uma válvula na sua cabeça para drenar o líquido.
Depois, a válvula precisou ser transferida para o abdômen. A nova cirurgia, que precisava de 24 horas de jejum, foi adiada, de última hora, sete vezes, de acordo com Oliveira. “Isso debilitou o meu pai, que é idoso”, diz.
Após a nova cirurgia, Oliveira conta que a sua mãe começou a suspeitar que havia algo de errado com José Bonifácio, mas os médicos garantiam que estava tudo normal. “Fiquei com medo dele estar morrendo”, revela.
Oliveira diz que, sem a checagem adequada dos médicos, seu pai teria sido contaminado por uma bactéria hospitalar e teve que ser internado na Unidade de Terapia Intensiva. “Isso tudo aconteceu por negligência dos médicos”, avalia. Inicialmente, foi informado que não havia mais vagas na unidade, mas posteriormente, conseguiram encaixá-lo.
Procurado, o Hospital Geral Roberto Santos negou quaisquer procedimentos que tenham comprometido a condição clínica do paciente. "Pelo contrário, reafirmamos a excelência dos médicos, enfermeiros e técnicos envolvidos na assistência ao paciente, em especial, a equipe social que mantém diálogo permanente com a família sobre o prognóstico do paciente", diz a nota da unidade.
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