Criticada por ambientalistas, obras de requalificação do Abaeté começam em meio a protestos da oposição

A prefeitura de Salvador iniciou nesta segunda-feira (7) as obras do criticado projeto de requalificação na duna do Abaeté. Após uma longa polêmica sobre o projeto de lei para dar um nome evangélico ao local, utilizado inclusive nas placas da gestão municipal que anunciavam a mudança, o projeto de urbanização saiu do papel. 

Nas imagens, gravadas por um morador local, é possível ver a retroescavadeira começando a terraplanagem. De acordo com ele, a culpa não é do engenheiro, que está apenas prestando serviço que "o homem mandou". Mas decreta: "Agora é realidade". Segundo informação da prefeitura, está sendo preparado o canteiro de obras. 

Avaliada em R$ 5 milhões, a requalificação prevê a instalação de sanitários, estacionamento e auditório, além da construção de escadaria e equipamentos de lazer. O edital foi lançado para a concorrência sem que o projeto fosse inteiramente conhecido, o que levou a críticas de ambientalistas e também de parlamentares.  

Vereadores de oposição na Câmara Municipal de Salvador chegaram a ingressar, em meados de fevereiro, com uma ação civil pública contra o projeto na Avenida Dorival Caymmi.

A ação assinada pela vereadora Maria Marighella (PT) conjuntamente com as vereadoras do mandato coletivo Pretas por Salvador (PSOL), requer a "instauração de processo administrativo para apuração dos fatos, convocação dos responsáveis na Prefeitura pelo projeto, publicização e discussão da proposta". 

Já a comunidade local e o povo de santo, que utiliza as dunas para práticas religiosas, protestou contra as obras desde o início.

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— Metropole (@metropole) March 7, 2022