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Pacientes denunciam descaso na UPA de Itapuã e dizem que pra ser atendido tem que chegar "morrendo"

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Pacientes denunciam descaso na UPA de Itapuã e dizem que pra ser atendido tem que chegar "morrendo"

Paciente Lais Fabiana tenta ser atendida há três dias 

Pacientes denunciam descaso na UPA de Itapuã e dizem que pra ser atendido tem que chegar "morrendo"

Foto: Reprodução/ItapuãCity

Por: Geovana Oliveira no dia 25 de novembro de 2021 às 17:11

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Dr. Hélio Machado, em Itapuã, está há pelo menos dois dias sem atendimentos de clínica-geral. Djavan Luz, de 39 anos, fez a denúncia nas redes sociais nesta quinta-feira (25). Desde terça-feira (22) ele tenta levar sua namorada, Lais Fabiana, 34, para ser atendida, mas sem sucesso. 

Ao Metro1, Djavan conta que apenas casos graves estão sendo atendidos na UPA. Uma funcionária chegou a confirmar que, para ser atendida, Lais precisaria ter chegado ao local "morrendo". 

A namorada de Djavan passou mal no trabalho na terça-feira e na quarta, com vômito e dor de cabeça, por isso precisou ir à unidade. Nesta quinta, antes de se dirigir novamente ao local, o casal chegou a ligar para saber se os atendimentos estavam sendo feitos. 

"O atendimento já não estava muito bom, estava muito cheio, resolvemos vir para casa. Quando foi na quarta, entre perto de 16h, fomos lá. Quando chegamos, fomos avisados que não tinha clínico geral, só tinha dentista e pediatra. Isso ela passando mal, vomitando. Na quinta, eu liguei para lá por volta de 12h30, a pessoa que me atendeu foi um homem. Perguntei se hoje estava tendo médico, aí ele me disse que não estava", conta Djavan. 

Questionado sobre não haver médico atendendo por mais um dia, o recepcionista informou que os atendimentos eram só de casos graves. Ainda assim, pela situação, o casal morador de Itapuã foi novamente para a UPA. Lá, Lais foi atendida e encaminhada pela triagem após esperar certo tempo, então foi mandada de volta para casa por ser classificada como pouco risco.

As Unidades de Pronto Atendimento têm como objetivo concentrar os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica, atenção hospitalar, atenção domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192.

Após três dias, Lais recorreu à automedicação para aliviar os sintomas. O casal planeja ir novamente à UPA na sexta-feira (25). 

Procurada pelo Metro1, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que "não procede a falta de médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Itapuã". De acordo com a pasta, a unidade tem equipe de médicos completa nos plantões com 3 clínicos.

A SMS justifica a demora no atendimento com o número de pacientes nos leitos aguardando regulação para hospitais especializados.

"O alto volume de procura tornou a admissão mais lenta para novos pacientes com o perfil de classificação azul e verde, ou seja, com quadro clínico considerado leve que poderiam ser atendidos em unidades básicas de saúde".