Cidade
"Não adianta vetar o Carnaval e São Paulo e Rio fazerem a festa e levarem nossos artistas", diz Léo Prates
Secretário municipal de saúde disse que fará um debate com a Sesab e epidemiologistas para definir parâmetros para a realização do Carnaval na capital baiana
Foto: Reprodução You Tube
O secretário da Saúde de Salvador, Léo Prates, disse que não adianta Salvador vetar o Carnaval, sendo que os estados do Rio de Janeiro e São Paulo já liberaram a festa. Sem a folia na capital baiana, os artistas locais vão fazer a alegria em outras terras.
"Não adianta vetar o Carnaval aqui e São Paulo e Rio fazer e todos os nossos artistas irem pra lá. Conclamo todo mundo à reflexão. Não queria estar com essa decisão sobre os meus ombros. Deus está colocando nos ombros de Bruno Reis e de Rui Costa", disse Léo Prates em entrevista ao programa Sete em Ponto, da Metropole, apresentado por Geraldo Júnior.
Nesta quarta-feira (3), o governador Rui Costa disse que, se os números da pandemia continuarem como estão atualmente, a realização do Carnaval não será autorizada.
O titular da Saúde da capital disse que a não realização do Carnaval pode decretar a morte da festa em Salvador. "Não podemos levar em nossos ombros a morte do Carnaval de Salvador porque a ida dos nossos artistas pra lá (Sudeste) pode ser um caminho sem volta. A gente precisa ter toda a segurança epidemiológica para a realização. Não podemos matar a economia da cidade" declarou.
O gestor informou que vai realizar um debate nesta quinta-feira (4) com membros da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e epidemiologistas para tentar traçar um parâmetro para a realização do Carnaval. "Hoje temos dados epidemiológicos excepcionais. Precisamos planejar. O Carnaval não é fácil de fazer. Precisamos estabelecer os parâmetros epidemiológicos para a realização do carnaval. Nós precisamos tomar uma decisão para fazer um planejamento (da festa)", explicou.
Léo Prates informou que o fator RT em Salvador está abaixo de 0,6. Quando está abaixo de 1, indica que a pandemia está sob controle. Atualmente, cada grupo de 100 pessoas contaminadas transmite a doença para outras 60. O gestor ainda informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid se mantém em 31%, mesmo após a desativação dos leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com o coronavírus.
"A pandemia está sob controle neste momento, mas não quer dizer que acabou", ressaltou. Para continuar mantendo o controle da pandemia, o secretário de saúde fez um apelo para as pessoas buscarem os postos de saúde para tomar a vacina contra a Covid-19.
Segundo o gestor, 38 mil pessoas acima de 18 anos ainda não tomaram sequer a primeira dose; 45 mil entre 12 a 17 anos também não buscaram a vacina e outras 210 mil pessoas estão com a segunda dose atrasada.
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