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Suposta morte de traficantes obriga toque de recolher e fecha comércio na Barroquinha

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Suposta morte de traficantes obriga toque de recolher e fecha comércio na Barroquinha

Comerciantes relatam medo; polícia está no local

Suposta morte de traficantes obriga toque de recolher e fecha comércio na Barroquinha

Foto: Leitor Metro1

Por: Tailane Muniz no dia 20 de setembro de 2021 às 10:47

Os comerciantes da Avenida JJ Seabra, na altura da Barroquinha, no Centro de Salvador, foram obrigados a fechar as portas dos estabelecimentos na manhã desta segunda-feira (20). Ao Metro1, disseram que a ordem partiu de traficantes, após as mortes de dois irmãos, líderes do tráfico de drogas na região do Gravatá, próximo ao 1º Grupamento de Bombeiros Militar. Não há, contudo, a identificação dos homens ou informações precisas de quando essas mortes teriam ocorrido.

Sem se identificar, um dos comerciantes disse à reportagem que os traficantes não estavam armados, mas ordenaram o fechamento imediato do comércio. O que foi prontamente acatado. "Claro, quem vai desrespeitar para morrer? Eu fico com muito medo. Fechei e saí imediatamente porque não vou me arriscar à toa", disse um comerciante que trabalha na região há 30 anos.

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que o policiamento está reforçado no local. Por meio de nota, disse ainda que  militares do 18º BPM, com apoio da 2ª CIPM, foram acionados para acompanhar "um protesto na região da Barroquinha, na manhã desta segunda-feira (20)". "Alguns manifestantes se exaltaram e atiraram pedras em ônibus que passava no local. Esses manifestantes foram identificados e conduzidos para a Central de Flagrantes. O protesto foi finalizado e reiniciado por volta das 11h, no entanto a situação segue controlada", completa a nota, que não cita o toque de recolher relatado pelos comerciantes.

O boletim de ocorrências da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) não registrou mortes na região nos últimos dias. A ferramenta, no entanto, não exibe homicídios em decorrência ações das polícias Civil e Militar. 

Também em anonimato, um outro comerciante afirmou que é "comum receber ordem da bandidagem". Segundo ele, os suspeitos ainda tentaram atear fogo em um ônibus. A informação não foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários.

"Aqui praticamente não tem policiamento. É muito difícil, porque a gente fecha e ainda fica apreensívo", se limitou a dizer. Eles afirmam que o bairro é dominado pelas facções Bonde do Maluco (BDM) e Comando da Paz (CP), mas não sabem dizer se a morte aconteceu entre os próprios bandidos ou em outra circunstância.

O Centro Integrado de Telecomunicaçõe da Polícia Militar (Cicom) informou que há uma manifestação no local, mas não soube precisar a razão. Equipes da PM e da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) acompanham a movimentação que, de acordo com o Cicom, reúne cerca de 20 pessoas.