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Sáttia Lorena contou detalhes do dia da queda e falou em relação abusiva, diz delegada

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Sáttia Lorena contou detalhes do dia da queda e falou em relação abusiva, diz delegada

Médico teve prisão preventiva decretada nesta quarta-feira

Sáttia Lorena contou detalhes do dia da queda e falou em relação abusiva, diz delegada

Foto: Reprodução

Por: Juliana Rodrigues e Adele Robichez no dia 05 de agosto de 2021 às 13:31

Após o pedido de prisão preventiva do médico Rodolfo Cordeiro Lucas pela tentativa de homicídio da médica Sattia Lorena Patrocínio Aleixo em julho de 2020, a delegada responsável pelo caso, Bianca Torres, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Brotas, revelou que, durante a audiência de Justiça, ocorrida nesta quarta-feira (4), a vítima detalhou o dia do crime e a relação abusiva em que era submetida pelo ex-namorado.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (5), a delegada revelou ao Metro1 algumas recordações contadas pela vítima durante a audiência que terminou com a prisão do agressor. Segundo ela, Sattia “lembrou de tudo nos mínimos detalhes”. 

Os relatos, disse Bianca, deixaram claros, juntamente às provas documentais, periciais e testemunhais recolhidas, “que ela era vítima de um relacionamento abusivo”. Dentre outras lembranças, a médica mostrou mensagens e escritos em papéis “que mostravam que ela não estava feliz” e “o controle excessivo dele [acusado] sobre a vítima”, informou Bianca. Ainda segundo ela, Rodolfo controlava até as suas roupas e “a considerava como um objeto”.

Como “válvula de escape” da situação abusiva, a vítima disse que utilizava a dança. No dia do crime, ela esclareceu que “afastou a cama para ficar dançando em frente ao espelho” um dia após ter tentado romper o relacionamento com o ex-namorado. Diante do pedido, ela relata que o médico já estava se sentido "acuado", pois além disso, ela havia recebido uma proposta para trabalhar em outro hospital.

Conforme o documento do Ministério Público (MP), que pediu a prisão do suspeito, o acusado teria forçado que as mãos da médica que a mantinha dependurada na janela do quarto do casal, no quinto andar do prédio onde moravam, em Armação, se soltassem, o que provocou sua queda de uma altura de 15,5 metros, causando-lhe graves ferimentos.