Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Domingo, 24 de março de 2024

Cidade

Vídeo viraliza com homem recusando CoronaVac em Salvador; infectologista critica atitude

Estudo feito com 10,2 milhões de pessoas vacinadas no Chile aponta eficácia de 86% da Coronavac contra mortes pela Covid-19

Vídeo viraliza com homem recusando CoronaVac em Salvador; infectologista critica atitude

Foto: Reprodução Redes Sociais

Por: Rodrigo Meneses no dia 28 de julho de 2021 às 15:12

Enquanto muita gente está ansiosa para receber a 1ª dose da vacina contra a Covid-19, um jovem enfrentou a fila do drive thru da Arena Fonte Nova na manhã desta quarta-feira (28) e recusou o imunizante ao saber que era a Coronavac. Ele ainda fez questão de registrar a atitude e publicar em suas redes sociais. Confira o vídeo ao final da matéria.

“Se for Coronovac, eu não vou tomar. Estou sabendo que é Coronavac”, narra o rapaz ao se encaminhar com o carro para as baias de vacinação. Ao receber a confirmação do profissional da vacinação da fabricante da vacina ele ainda age com deboche. “Então, tchau. Não tomo Coronovac nem que me paguem. Coronavac não dá não, pô. Você é maluco? Tchau, Coronavac”, finaliza o vídeo. 

A médica infectologista e pesquisadora da Fiocruz, Fernanda Grassi, repudia o comportamento. “Com a escassez das vacinas, não se pode dar ao luxo de escolher marca porque isso retarda o benefício coletivo”, afirma.  “Esse comportamento é ridículo. A Corronavac já mostrou que é eficaz. A pessoa precisa tomar a vacina que estiver disponível.  A melhor vacina é aquela que está no braço”, destaca a pesquisadora.  

Fernanda Grassi lembra que diversos estudos já comprovaram que a Coronavac diminui a mortalidade, hospitalização e a gravidade da Covid. O mais recente foi divulgado este mês e produzido no Chile, com o acompanhamento de 10,2 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses da vacina, entre fevereiro e maio.

O estudo concluiu que o imunizante teve 86% de eficácia na prevenção de mortes causadas pela doença no país andino. Além disso, a vacina teve 90,3% de eficácia para a prevenção de internações em UTI e 65,9% para a prevenção contra o contágio pela Covid-19. A pesquisa foi publicada pelo New England Journal of Medicine.