Cidade
"A universidade vive uma asfixia orçamentária terrível", diz reitor da Ufba
Reitor João Carlos Salles e vice-reitor Paulo Miguez defenderam ato que acontecerá dia 18 de maio
"É um movimento da educação contra a barbárie". Em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metropole, o reitor da Universidade Federal da Bahia, João Carlos Salles, e o vice-reitor, Paulo Miguez, defenderam o ato público que acontecerá no próximo dia 18 de maio, no canal da TV Ufba, no YouTube. O ato tem como bandeiras o desmonte das políticas públicas e a destruição do sistema educacional brasileiro.
"A universidade vive uma asfixia orçamentária terrível. Temos um corte efetivo de R$ 30 milhões no orçamento da universidade. E, se o veto do presidente não for derrubado, esse corte sobe para R$ 34 milhões. Teremos corte na assistência estudantil, o que afeta alunos em vunerabilidade social", diz o reitor.
Ainda segundo Salles, o atual governo federal trata a "educação como um orçamento qualquer".
"Eles não enxergam como uma projeção para o futuro. Tratam como algo meramente burocrático, que se pode fazer cortes. Isso se expressa em alguns sintomas. Taxar livros e liberar armas. Escolher a diretora da Capes, não com alguém reconhecida na comunidade científica, mas uma escolha pessoal, a partir de uma visão paroquiana de amizade", diz.
O vice-reitor, Paulo Miguez, ressaltou que a elite brasileira tem duas características muito próprias, que tentam barrar os projetos de uma universiadade mais inclsusiva.
"Nossa elite não abre mão do privilégio de jeito nenhum. Nasceram com pulseira VIP e usam o tempo todo. Outra característica é que ficam incomodados quando espaços eram só seus são ocupados por gente que não consideram da sua laia", pontuou.
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