Cidade
Tema 'volta às aulas' vira embate entre vereadores de Salvador
Vereadores Claudio Tinoco (DEM), Marta Rodrigues (PT) e Daniel Alves (PSDB) se posicionaram
Foto: Metropress
Na coletiva de anúncio de retomada das aulas municipais nesta sexta-feira (23), o prefeito de Salvador, Bruno Reis, afirmou que os professores "são os únicos servidores públicos que não estão trabalhando no momento". A fala repercutiu negativamente entre a categoria e provocou um pedido de retratação, pelo presidente do Sindicato dos Professores da Bahia. No meio político, há vereadores que defendem o posicionamento do prefeito e outros que consideram a fala inadequada.
Procurado pelo Metro1, o vereador Claudio Tinoco (DEM) disse considerar que aqueles que atacam o prefeito, na verdade, desvirtuam sua fala e fazem isso com qualquer pessoa que defende a retomada das aulas. "É uma tentativa do sindicato dos professores de legitimar essa ausência [da sala de aula]", disse.
Tinoco afirmou ainda que o sindicato não representa a totalidade dos profissionais de educação, e que está atuando em postura contrária ao que foi estabelecido no decreto municipal como parâmetro para a volta das aulas presenciais. O vereador defende a declaração de Bruno Reis, considera o ensino municipal online defasado: "uma realidade que a gente não pode mais aceitar", disse.
Líder da oposição na Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues (PT), afirmou, em nota à imprensa, que "o prefeito se contradiz e adota um tom desrespeitoso com os professores".
Para Marta, o prefeito tenta impor uma retomada presencial das aulas sem dialogar e compactuar com os professores e todos trabalhadores envolvidos. Além disso, "existem professores de diversas idades, e toda uma rede de trabalhadores, como merendeiras, funcionários de limpeza, vigilantes, agentes de desenvolvimento, dentre outros”, acrescentou.
O Vereador Daniel Alves (PSDB) defende o prefeito: “É preciso parar com disputas políticas e pensar no povo. Não podemos perder mais um ano. Está tudo sendo preparado para o retorno com segurança”, disse. O vereador também rebateu o presidente da APLB-Bahia sobre a volta às aulas: “Ele não pode mandar na categoria e nem na educação baiana. É preciso ter sensibilidade para entender o momento, e o representante da categoria dos professores não está tendo”, completou.
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