Brasil
Marco Antonio Villa cita caminhos para depor Bolsonaro e fala em prisão: ‘Termina em Bangu 8’
Ainda de acordo com Villa, Bolsonaro não é de direita e está “fora do campo democrático”
Foto: Reprodução / Youtube
O historiador e comentarista político Marco Antonio Villa afirmou que a Constituição Brasileira dá dois caminhos para a deposição do presidente da República, Jair Bolsonaro, que teria cometido crimes de responsabilidade.
“Primeiro o crime de responsabilidade, que é aquele mesmo processo do impeachment da Dilma e do Collor. E temos a infração penal, que é autorização da Câmara, por acusação da Procuradoria-Geral da República e julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. O caminho é esse. ‘Mas vai durar 2 meses’. É pior do que ficar destruindo o Brasil por mais de dois anos e meio?”, questionou, hoje, em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole.
Ainda de acordo com Villa, Bolsonaro não é de direita e está “fora do campo democrático”. “Ele é reacionário. Tem traços neofascistas. Eu digo traços, pois ele não consegue entender o fascismo e nem o nazismo. É um homem de vocabulário de 500 palavras. Essa reunião de 22 de abril é uma reunião de cafajestes, com o presidente que é o cafajeste maior. Eu digo que ele não é de direita. Veja a UDN. O secretariado de Octávio Mangabeira tinha Nestor Duarte na Cultura e Anísio Teixeira na Educação. Ele é mais perigoso que o coronavírus. Tudo Belzebu, nunca leu a bíblia”, afirmou.
O professor acredita ainda que o chefe do Palácio do Planalto não tem apoio para se manter no posto. “Não tem apoio popular, apoio nas pesquisas, não tem apoio do grande empresariado. Quando ele falou que precisava liberar atividades necessárias, ele liberou academias. Aí você entende agora que o cara financia o golpe sujo [Edgard Corona, dono da Smartfit, apontado pelo STF como financiador de notícias falsas]. Apoio do exército? eu duvido. Se ele tiver apoio, eu pulo aqui do prédio. Ele foi expulso por terrorismo! Ele é um terrorista. Está desesperado. Sabe que vai terminar em Bangu 8. Ele tem uma orcrim [organização criminosa], a ligação com as milícias... o Adriano da Nóbrega, o Queiroz, que segundo Flávio é trabalhador. O Carlos Bolsonaro que é psicopata, precisa de tratamento, igual o pai. Não podemos deixar uma quadrilha no palácio do planalto”, pediu.
Villa reclamou do silêncio de algumas autoridades brasileiras em relação aos supostos crimes cometidos por Bolsonaro. “Eu estou sentindo muito silêncio no Senado. Ele [Bolsonaro] é traidor da pátria. Ele viola o código penal, não tem currículo, tem capivara. O erro que cometemos foi que, quando ele brincava, fazia aquelas acusações graves de defender tortura, ditadura, AI-5, todo mundo ria. O Collor, qual era a prova? a compra do Fiat Elba. Era um cheque nominal, pegaram a conta fantasma. Com a Dilma? as pedaladas fiscais. Ele tem 'n' provas. Homem valente, mas fraco e covarde. Quando esteve comigo na Jovem Pan, ficou um gatinho. Ele é um covarde, machista. Lugar de marginal é na cadeia, lugar de Bolsonaro é no Bangu 8. Ali é o Palácio do Planalto, não o Escritório do Crime”.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.