Brasil
'Só reconstituo acontecimentos do período', diz autor de livro que sugere Raul Seixas como delator de Paulo Coelho
Em entrevista à Radio Metrópole, o Jotabê Medeiros esclarece que o livro não é conclusivo
Foto: Divulgação
O livro "Não diga que a canção está perdida", uma biografia de Raul Seixas, do jornalista Jotabê Medeiros, causou polêmica nas redes sociais pois sugere que o cantor colaborou com militares e entregou o escritor Paulo Coelho à ditadura.
Hoje (23), em entrevista à Radio Metrópole, Jotabê esclareceu que o livro, com lançamento marcado para 1º de novembro, não é conclusivo. "Eu não afirmo que Raul Seixas é o delator. Eu vi documentos da época e pesquisei. Raul foi duas vezes ao Bope em 30 e poucos dias, e o policial afirmou que iria localizar dois foragidos da Justiça [Paulo Coelho e sua namorada, Adalgisa Rios] por intermédio do cantor. Esse documento existe e está lá. Um mês depois, Raul ligou para Paulo dizendo que iria ao Bope e perguntou se ele o acompanharia. Paulo foi mas ficou retido", disse. "Eu não posso dizer 'Raul Seixas fez isso, fez aquilo', eu só reconstituo os acontecimentos daquele período", concluiu.
Nesta quarta-feira, Paulo Coelho fez uma publicação em seu Twitter em que seus seguidores consideraram uma confirmação da suspeita: "Fiquei quieto por 45 anos. Achei q levava segredo para o túmulo".
Jotabê Medeiros ainda pede que o pública "tenha prudência ao julgar" os artistas, pois "é um período muito duro para os dois".
Veja a publicação:
Fiquei quieto por 45 anos. Achei q levava segredo para o túmulo https://t.co/cupAZFR4hW
— Paulo Coelho (@paulocoelho) 23 de outubro de 2019
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