Brasil
Planos de Bolsonaro para a segurança pública causam dúvidas no setor
Delegados da Polícia Federal temem influências políticas no comando do órgão; possível subordinação às Forças Armadas também preocupa a classe
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Após a eleição de Jair Bolsonaro como Presidente da República, os órgãos da União que atuam no setor de segurança pública tem dúvidas quanto aos planos do novo chefe do Executivo nacional.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro e sua equipe não explicaram o que pretendem fazer, nem indicaram prováveis nomes para a direção da Polícia Federal e do Ministério da Segurança Pública. O mesmo acontece com a Polícia Rodoviária Federal e o Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Paiva, disse na última sexta (26) que o silêncio de Bolsonaro deixa a classe dos delegados "um pouco nervosa".
Notas publicadas pela imprensa sugerem que o novo presidente poderá indicar para o cargo o deputado estadual eleito Fernando Francischini (PSL-RJ), nome controverso entre os delegados por ser indicativo de uma influência política sobre o órgão como não se via há muito tempo.
Mesmo entre os delegados apoiadores de Bolsonaro, há o temor de que a Polícia Federal seja subordinada a militares das Forças Armadas, como aconteceu no regime militar (1964-1985).
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