Brasil
Conselho de arquitetura critica 'descaso' por desabamento de prédio em SP
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP) divulgou nota hoje (1º) lamentando o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, onde ocorreu um incêndio na madrugada, no Centro de São Paulo. Por meio de nota, o órgão, critica o poder público, “em todas as esferas”, pelo descaso em relação ao quadro urbanístico das cidades brasileiras e pela ausência de políticas nacionais de habitação. Cerca de 50 famílias moravam no local. [Leia mais...]
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo (CAU-SP) divulgou nota hoje (1º) lamentando o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, onde ocorreu um incêndio na madrugada, no Centro de São Paulo. Por meio de nota, o órgão, critica o poder público, “em todas as esferas”, pelo descaso em relação ao quadro urbanístico das cidades brasileiras e pela ausência de políticas nacionais de habitação. Cerca de 50 famílias moravam no local.
"O edifício, projetado pelo arquiteto Roger Zmekhol, em 1961, era um dos melhores exemplos da arquitetura moderna na cidade [...]. No entanto, já estava degradado por abandono, falta de manutenção e sucessivas ocupações informais e outras organizadas. Sem se entenderem, o governo, nas diversas esferas, e a Justiça permitiram que o cenário fosse se perpetuando", lamentou a entidade.
Confira a nota:
O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo se solidariza com as famílias das vítimas do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida e lamenta que a tragédia torne explícito mais um exemplo do descaso do Poder Público, em todas as esferas, com o atual quadro urbanístico das nossas cidades e com ausência recorrente de uma Política Habitacional Nacional consistente aliada a preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo.
O edifício, projetado pelo arquiteto Roger Zmekhol, em 1961, era um dos melhores exemplos da arquitetura moderna na cidade e foi tombado, em 1992, pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.
No entanto já estava degradado por abandono, falta de manutenção e sucessivas ocupações informais e outras organizadas. Sem se entenderem, o governo, nas diversas esferas e a Justiça permitiram que o cenário fosse se perpetuando, o que adiou sua possível recuperação e nova destinação, com potencial para amenizar a precária situação habitacional do centro e dar melhor uso à infraestrutura da região.
Há muitas outras construções em situação idêntica na área. Antes que novas tragédias aconteçam, é hora de uma ação política urbana articulada, séria e eficaz a respeito. Não apenas pelos edifícios icônicos, mas sobretudo por justiça social.
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