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Mulher que deu golpe no Exército por 33 anos terá que devolver R$ 3,7 mi

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Mulher que deu golpe no Exército por 33 anos terá que devolver R$ 3,7 mi

Além da devolução do dinheiro, ela deve cumprir 3 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente aberto

Mulher que deu golpe no Exército por 33 anos terá que devolver R$ 3,7 mi

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Por: Metro1 no dia 14 de março de 2025 às 18:14

Atualizado: no dia 14 de março de 2025 às 18:22

O Superior Tribunal Militar (STM) condenou Ana Lucia Umbelina Galache de Souza por crime contra o patrimônio e estelionato. Ela se passou por filha de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial e, durante 33 anos, recebeu indevidamente R$ 3,7 milhões em pensão. A pena, divulgada nesta quinta-feira (13), determina a devolução de todo o valor recebido, além de 3 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente aberto.  A decisão do Superior Tribunal Militar (STM) foi divulgada nesta quinta-feira (13) e não cabe mais recurso.

A investigação revelou que Ana Lucia era, na verdade, sobrinha-neta do militar falecido em 1988. Ela obteve documentos fraudulentos aos 17 anos e os utilizou para se registrar como filha dele, garantindo o direito ao benefício. O esquema só foi descoberto em 2021, quando sua própria avó, Conceição Galache, denunciou a farsa à Polícia Civil e à Administração Militar.

De acordo com documentos obtidos pelo g1, Ana Lucia foi registrada como filha de Vicente Zarate e Natila Ruiz em 1986, quando ainda era menor de idade. Com essa nova identidade, ela conseguiu uma segunda carteira de identidade e um CPF no nome de "Ana Lucia Zarate", usado exclusivamente para solicitar e receber a pensão militar. O benefício foi aprovado em 1988 e seguiu sendo pago até 2022, quando uma sindicância confirmou a fraude.

Durante as investigações, Ana Lucia admitiu que dividia o dinheiro com sua avó, que teria ajudado na obtenção dos documentos falsificados. A avó faleceu em 2022, antes de ser ouvida pela Justiça. A defesa, feita pela Defensoria Pública da União (DPU), tentou argumentar que a fraude teve origem quando ela ainda era menor de idade e que não havia intenção criminosa. O STM, no entanto, rejeitou essa tese.