Brasil
Oposição encontra brecha para afastamento de Moraes após ele ser impedido de votar no STF
Alexandre de Moraes foi impedido de votar em um processo no STF nesta semana em razão de ser parte na ação
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
O ministro Alexandre de Moraes foi impedido de votar em um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana, em razão de ser parte na ação. O caso envolve a morte de um manifestante detido durante os protestos de 8 de janeiro. A família de Cleriston Pereira da Cunha, preso nas manifestações e falecido após passar mal na prisão, havia acionado o STF, acusando Moraes de maus-tratos, abuso de autoridade e tortura.
O STF negou o recurso apresentado pelo advogado, mas ao comunicar a decisão, informou que Moraes foi o único dos 11 ministros que não pôde votar. A oposição considera que o mesmo princípio de imparcialidade deveria ser aplicado em outros processos envolvendo Moraes, como o inquérito que apura o suposto planejamento de um golpe de Estado em 2022. Embora o ministro seja um dos alvos do caso, ele não figura formalmente como parte no processo, o que complica a aplicação do argumento de impedimento.
Em março de 2024, a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestou contra um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para afastar Moraes, alegando que a simples condição de vítima não comprova parcialidade. A PGR afirmou que as arguições de impedimento devem demonstrar de forma clara e objetiva a imparcialidade do juiz, algo que, segundo o parecer, não foi feito pelos advogados de Bolsonaro.
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