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Terça-feira, 17 de dezembro de 2024

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CPI das apostas: chefe do esquema acusa árbitros de participação nas fraudes

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CPI das apostas: chefe do esquema acusa árbitros de participação nas fraudes

William Rogatto afirma ter rebaixado 42 times e denuncia corrupção nas confederações

CPI das apostas: chefe do esquema acusa árbitros de participação nas fraudes

Foto: Agência Senado/Jefferson Rudy

Por: Metro1 no dia 09 de outubro de 2024 às 14:28

Apontado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) como chefe de um esquema de apostas, William Rogatto, afirmou que manipulou jogos de futebol do Brasil e chegava a pagar R$50.000 a árbitros. O relato aconteceu durante CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre manipulação de jogos e apostas esportivas.

Rogatto se declarou réu confesso e relatou que já rebaixou 42 times de futebol, ficando conhecido como o "Rei do rebaixamento". A comissão aconteceu por videoconferência, mas na próxima semana ela irá se deslocar até Portugal, onde o lider do esquema se encontra. Ele se dispôs a divulgar fotos, vídeos, conversas e gravações das negociações.

Ao ser questionado pelo Senador Carlos Portinho (PL-RJ) sobre a participação de árbitros das confederações e da Fifa (Federação Internacional de Futebol) no esquema que liderava, Rogatto respondeu: “Tinha árbitros também, dos 2. Um árbitro hoje oficial ganha em torno de R$ 7.000 por jogo, eu pagava R$ 50.000 para ele, o árbitro ganha pouco, o gatilho do futebol está na máfia, que é a confederação, é a CBF, que tem recursos e não passa", declarou.

“O sistema é muito maior do que isso. Os grandes nunca serão punidos. Estamos falando de dentro da CBF e das federações. Tenho provas e vídeos. Isso não vai resultar em nada, e só fará vítimas do sistema. No final, nada mudará, pois essa prática existe há mais de 40 anos. Fiz parte do sistema. Se eu tiver que pagar, voltarei ao Brasil para isso. Eu sou apenas uma ferramenta; o mundo do futebol é muito mais complexo do que se imagina. No fim, nada mudará; passaremos por isso e nada irá acabar. A maior máfia está dentro das federações”, disse Rogatto aos senadores.