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"Pandemia de bets" avançou mais rápido que surto da Covid-19 no Brasil, diz pesquisa

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"Pandemia de bets" avançou mais rápido que surto da Covid-19 no Brasil, diz pesquisa

Pesquisa mostra que jogo aumenta ansiedade e altera humor

"Pandemia de bets" avançou mais rápido que surto da Covid-19 no Brasil, diz pesquisa

Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 31 de agosto de 2024 às 12:30

Vinte e cinco milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas, de janeiro a julho deste ano, uma média de 3,5 milhões por mês. Para se ter uma ideia dessa velocidade, o intervalo de tempo é maior do que o que o coronavírus levou para contagiar o mesmo número de pessoas no Brasil – 11 meses, entre 26 de fevereiro de 2020 e 28 de janeiro de 2021.

De acordo com a reportagem da Agência Brasil, em cinco anos, o número de brasileiros que apostaram nas chamadas bets chegou a 52 milhões. Do total, 48% são considerados novos jogadores – apostaram nos primeiros sete meses deste ano. Os dados fazem parte de pesquisa de opinião do Instituto Locomotiva, aplicada entre os dias 3 e 7 de agosto. O hábito de tentar a sorte nas plataformas eletrônicas atinge uma população no Brasil do mesmo tamanho do número de habitantes da Colômbia e superior à de países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.

O levantamento traçou um perfil dos apostadores de bets. Cinquenta e três por cento são homens e 47% são mulheres. Quatro de cada dez jogadores têm entre 18 e 29 anos; 41% estão na faixa etária de 30 a 49 anos; e 19% têm 50 anos ou mais. Oito de cada dez são pessoas das classes CD e E; e dois de cada dez são classe A ou B.

Sete de cada dez apostadores costumam jogar pelo menos uma vez ao mês. Sessenta por cento dos que já ganharam a aposta usam ao menos parte do valor do prêmio para tentar nova jogada.