Ministra fala sobre possibilidade de evasão no CNU e faz alerta: "não foi só no RS onde houve mudança de local de prova"

Até a tarde de quarta-feira (14), apenas 35% dos inscritos no Concurso Nacional Unificado (CNU) acessaram o cartão de confirmação de inscrição da prova que acontece neste domingo (18). Questionada pela Rádio Metropole no programa “Bom Dia, Ministro”, do governo federal, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, falou sobre a expectativa de evasão no concurso.

“Supondo que só 35% vão fazer a prova, já é muita gente para a quantidade de vaga que a gente tem. A evasão vai acontecer, é de praxe em qualquer concurso público, mas a gente espera que não seja uma evasão tão grande. Obviamente nos ajuda quanto mais gente fizer a prova a seleção acaba sendo melhor”, disse Dweck, que assegurou também que as forças de segurança estaduais e federais irão atuar para garantir a segurança da prova e dos candidatos. 

Além na evasão natural nos concursos públicos, a ministra relaciona o baixo índice de visualização do endereço do exame no CNU a dois fatores: ao hábito de deixar as coisas pra última hora e a uma primeira visualização do local de prova, que pode ter mudado. “Lembrando que não foi só no Rio Grande do Sul que houve mudança de local de prova, então é muito importante que todo mundo consulte novamente”, alertou. 

Segundo a ministra, na Bahia 162 mil pessoas se inscreveram e irão fazer as provas em 18 cidades do estado. Só na capital, que é o quarto com maior número de candidatos no país, são 68 mil inscritos. O número em Salvador é muito próximo dos inscritos para o ENEM de 2023, quando 69 mil pessoas se inscreveram para fazer o exame na cidade. 

“É mais do que o Enem em muitas cidades, porque o Enem são os alunos que estão tentando ingressar nas universidades, no caso do CNU acaba sendo qualquer população adulta que queira fazer parte do Serviço Público Federal. Então de fato a gente precisou ter o número de salas muito grandes para poder comportar todo mundo para  manter o número médio de pessoas dentro de salas, por uma questão da segurança da fiscalização da prova”, explicou.