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Avião que caiu em Vinhedo ficou 17 dias parado em Salvador após "dano estrutural"

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Avião que caiu em Vinhedo ficou 17 dias parado em Salvador após "dano estrutural"

Modelo de aeronave chegou a ficar quatro meses parado devido a manutenções após voos

Avião que caiu em Vinhedo ficou 17 dias parado em Salvador após "dano estrutural"

Foto: Reprodução/TV Globo

Por: Metro1 no dia 12 de agosto de 2024 às 06:53

Atualizado: no dia 12 de agosto de 2024 às 10:13

O avião da Voepass que caiu em Vinhedo no interior de São Paulo na última sexta-feira (9) já havia passado por diversos problemas recentes e, por conta de um deles, ficou 17 dias parado no aeroporto de Salvador, até que em 28 de março passou por consertos na oficina da companhia aérea, em Ribeirão Preto (SP). A informação foi revelada pelo programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (11).

Segundo a apuração do programa, os problemas começaram a ser registrados em março deste ano, quando a aeronave de prefixo PS-VPB começou a passar por diversas paradas para manutenção. No dia 11 daquele mês, um relatório de um oficial descreveu que houve um  "contato anormal" da aeronave com a pista na hora do pouso após uma viagem de Recife para Salvador. A cauda chocou com a pista e essa batida teria causado, segundo relatórios aos quais a reportagem teve acesso, um "dano estrutural" na aeronave.

A aeronave turboélice modelo ATR-72-500 só voltou a operar comercialmente em 9 de julho. A primeira rota foi Ribeirão Preto para Guarulhos e já em um desses voos houve uma  despressurização e o avião retornou, sem passageiros, para Ribeirão Preto. Ele ficou 4 dias parado para manutenção.

Ao programa, uma ex-comissária da empresa fez críticas à manutenção das aeronaves. “A empresa colocava a segurança em segundo ou terceiro plano. Visava mais o lucro e a gente tinha um avião que apelidava de Maria da Fé, para você ter ideia. Porque só voava pela fé. Porque não tinha explicação de como um avião daquele estava voando”.

O acidente

O caso aconteceu no início da tarde da última sexta-feira em um voo no qual constavam 58 passageiros e quatro tripulantes. As caixas pretas foram recuperadas e vão ser analisadas pelas autoridades responsáveis para identificar o que poderia ter causado a fatalidade. O relatório preliminar deve sair em ao menos 30 dias. Mas, entre as hipóteses iniciais apontadas pelos especialistas, está o acúmulo de gelo, que pode ter sido notado ou não pelos pilotos ou um dano estrutural. Segundo a Aeronáutica, não houve pedido do ATR para voar mais baixo naquela data.