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Brasil reforça fronteiras após tensão entre Venezuela e Guiana intensificar

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Brasil reforça fronteiras após tensão entre Venezuela e Guiana intensificar

Neste domingo (3), cidadãos da Venezuela irão decidir se o território de Essequibo, disputado com a Guiana, será anexado

Brasil reforça fronteiras após tensão entre Venezuela e Guiana intensificar

Foto: Romeu Lima Fotografia/Divulgação/Arquivo

Por: Metro1 no dia 30 de novembro de 2023 às 12:20

Atualizado: no dia 30 de novembro de 2023 às 14:36

O Ministério da Defesa afirmou, nesta quarta-feira (29), que o Brasil reforçou a presença militar na região Norte devido à tensão entre Venezuela e Guiana que se intensificou. Os países disputam a região de Essequibo desde 1899 e para este domingo (3), o presidente Nicolás Maduro marcou um referendo em que a população deverá decidir se o território será anexado.

“O Ministério da Defesa tem acompanhado a situação. As ações da Defesa têm sido intensificadas na região da fronteira ao Norte do país, promovendo maior presença militar”, afirmou a pasta que hoje é comandada por José Múcio. O reforço acontece na cidade de Pacaraima, em Roraima, a qual faz fronteira com o território venezuelano e principal entrada de cidadãos que fogem da crise econômica enfrentada no país vizinho.

A tensão entre os países se intensificou após a descoberta de campos de petróleo por uma companhia americana, a ExxonMobil, em 2015. Equessibo tem um território de 160 mil km², o que corresponde a dois terços da Guiana, ou seja, 74%. O país tem hoje uma reserva de 11 bilhões de barris de petróleo.

Pelo lado da Guiana, o país aponta que é a proprietária do território devido a um laudo arbitral em Paris de 1899. Já a Venezuela cita o Acordo de Genebra de 1966 firmado com o Reino Unido. Apesar de defender, o acordo de 66 não diz que a região pertence ao país hoje governado por Maduro e sim que houve uma aceite de queixa e de negociação de limites territoriais.

Na sexta-feira passada (24), o jornalista Janio de Freitas condenou a intenção de Maduro de invadir a Guiana. “Ele quer um fato para que o fortaleça eleitoralmente. Ele está com uma forte pressão externa e interna para fazer uma eleição limpa, como processo, e democrática, como disputa política”, disse no programa Três Pontos da Rádio Metropole.