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Brasil
Comercial que 'revive' Elis Regina por inteligência artificial divide opiniões nas redes sociais
Em um primeiro momento, pipocaram reações apaixonadas à campanha, mas não demorou muito para que outros espectadores produzissem análises e problematizações
![Comercial que 'revive' Elis Regina por inteligência artificial divide opiniões nas redes sociais](https://api.metro1.com.br/noticias/138310,comercial-que-revive-elis-regina-por-inteligencia-artificial-divide-opinioes-nas-redes-sociais-3.jpg)
Foto: Divulgação
Nesta terça-feira (4), o Brasil amanheceu comovido com a campanha comemorativa dos 70 anos da Volkswagen no país. Usando inteligência artificial (IA) para “reviver” a cantora Elis Regina e colocá-la num dueto da canção ‘Como Nossos Pais’, pela primeira vez ao lado da filha, Maria Rita, a campanha viralizou rapidamente na web, emocionando milhares de usuários e se tornando um dos assuntos mais comentados do dia.
Em um primeiro momento, pipocaram reações apaixonadas. Internautas se disseram “arrepiados” e parabenizaram a montadora pela homenagem inovadora. Mas não demorou muito para que outros espectadores produzissem análises e problematizações a respeito da IA e da VW.
Um dos pontos levantados foi da estranheza em ver Elis, morta há 41 anos. Para uns, utilizar a imagem de uma pessoa já falecida “para vender carros” seria um gesto “indelicado” de “mau gosto”. Outra questão colocada foi de que a montadora alemã colaborou com o regime militar brasileiro. Ironicamente, a campanha tem como trilha uma música que dá voz aos jovens que tiveram a liberdade confiscada e ao conflito de gerações acentuado pela repressão.
Alguns internautas pontuaram, ainda, que Elis fazia shows pra arrecadar dinheiro para a greve de funcionários da Volkswagen, condenada por financiar torturas, àquela época, em suas fábricas.
A peça publicitária foi criada pela paulista AlmapBBDO, agência premiada este ano no Festival de Cannes, junto à produtora Boiler Filmes. Para dar nova vida a Elis, uma atriz foi gravada para personificá-la. Depois, a imagens do rosto da dublê foram substituídas por uma recriação digital da cantora, com tecnologia de reconhecimento facial. A técnica é conhecida como “deep fake”.
Veja vídeo:
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