Brasil
iFood é hackeado e nomes de estabelecimentos são trocados por mensagens antivacina e pró-Bolsonaro
Ataque hacker foi notado em todo o país na noite desta terça-feira (2)
Foto: Reprodução
Atualizado às 23h02
O aplicativo de delivery iFood foi hackeado na noite desta terça-feira (2). Estabelecimentos tiveram os nomes modificados por frases de insulto à vacina, ao ex-presidente Lula (PT) e à vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada no Rio de Janeiro em março de 2018.
Frases como “Lula ladrão”, “vacina mata” e “Mariele Franco Peneira” passaram a ser exibidas no app. O presidente Jair Bolsonaro também foi citado, mas de forma positiva, com referência à eleição do próximo ano: “Bolsonaro 2022”.
Por meio de nota [veja íntegra abaixo], o iFood informou que cerca de 6% dos estabelecimentos foram afetados e que tomou medidas "imediatas para sanar o problema e proteger dados". A plataforma não citou, por ora, indícios de autoria ou motivação.
Nesta semana, o iFood anunciou o fim do patrocínio ao Flow Podcast - depois que o youtuber Monark, um dos apresentadores, fez publicações com mensagens que foram interpretadas como defesas ao racismo nas redes sociais. Usuários relacionam o ataque hacker ao episódio.
A plataforma passou a apresentar instabilidade por volta das 21h50, cerca de uma hora após as alterações no cadastro dos estabelecimentos.
Veja íntegra da nota
Na noite de hoje, 2 de novembro, o iFood identificou que alguns estabelecimentos cadastrados na plataforma tiveram seus nomes alterados. Aproximadamente 6% dos estabelecimentos foram afetados. A empresa tomou medidas imediatas para sanar o problema e proteger os dados de restaurantes, consumidores e entregadores. Em investigações preliminares, a empresa informa que não há qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais cadastrados na plataforma, tampouco de dados de cartões de crédito.
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