Bahia
Suposta jurista também se passou por representante da Câmara Chinesa de Comércio
Cátia Raulino disse ocupar cargo, mas entidade sequer tem operação física no Norte e Nordeste
Foto: Metropress
Acusada de plágio e de forjar uma série de títulos em universidades brasileiras, Cátia Raulino também coleciona outras polêmicas. Em lives no seu Instagram, quando ainda ostentava um perfil de jurista renomada, ela se dizia representante da Câmara Chinesa de Comércio no Nordeste. No entanto, o cargo sequer existe e não há operação na região, conforme apurado pelo Metro1.
Embora a entidade registre atendimentos a clientes da região em processos de importação e exportação, além de investimentos, não há a figura do consultor local. Questionada pelo Metro1 nesta semana, Cátia mudou o tom e disse que trabalhou em outra área do órgão. "Trabalhei para pesquisa, terceirizada. Não dentro, mas fora da instituição", disse a jurista.
No entanto, não é o que a suposta jurista diz em uma live com um perfil de Direito Tributário no Instagram. Ela relata ter encontrado a CEO da Câmara de Comércio Brasil-China e disse que foi contratada para atuar com advocacia para o órgão. Raulino chega a assumir que não tinha experiência, mas que topou o desafio por ser a porta certa "na hora certa". "Conversei muito com ela e acabei fechando um contrato que me acompanhou por muitos anos. Começou a me abrir portas para o tributário internacional e espaço em função das empresas chinesas e o contato com o governo chinês", afirma Cátia na live.
Depoimento na próxima semana
Advogado da suposta jurista, Fabiano Pimentel afirmou ao Metro1 que a sua cliente vai depor na 9ª Delegacia Territorial da Polícia Civil, que fica na Boca do Rio, na próxima quarta-feira (26), à tarde. Ela é acusada de plágio por duas alunas e por uma suposta prática de exercício ilegal de advocacia.
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