Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Bahia

/

Operação Faroeste: STJ determina prisão de advogados e suposto cônsul na Bahia

Bahia

Operação Faroeste: STJ determina prisão de advogados e suposto cônsul na Bahia

Entre os beneficiários do esquema estariam quatro desembargadores, que também foram alvo da PF na manhã desta terça-feira

Operação Faroeste: STJ determina prisão de advogados e  suposto cônsul na Bahia

Foto: Divulgação

Por: Matheus Simoni no dia 19 de novembro de 2019 às 09:33

A Operação Faroeste, deflagrada hoje (19) pela manhã, tem como alvos magistrados do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e até um suposto cônsul por suspeitas de crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Conforme apurou o Metro1, foram expedidos mandados de prisão temporária contra os advogados Márcio Duarte Miranda e Antônio Roque do Nascimento Neves e autointitulado cônsul de Guiné-Bissau no Brasil, Adailton Maturino dos Santos, além da esposa dele, Geciane Souza Maturino dos Santos.

Conforme investigações que embasaram os pedidos das medidas cautelares, aceitos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), entre os beneficiários do esquema estariam quatro desembargadores. As informações já reunidas no inquérito revelaram, segundo o Ministério Público Federal (MPF), a existência de um esquema de corrupção praticado por uma organização criminosa integrada por magistrados e servidores do TJBA, advogados e produtores rurais que, juntos, atuavam na venda de decisões para legitimar terras no oeste baiano.

O suposto esquema envolve ainda o uso de laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente. A suspeita é de que a área objeto de grilagem supere 360 mil hectares e que o grupo envolvido na dinâmica ilícita movimentou cifras bilionárias. Para impedir que o patrimônio obtido de forma ilícita seja colocado fora do alcance da Justiça, o ministro também acolheu o pedido da PGR e determinou o bloqueio de bens de alguns dos envolvidos, no total de R$ 581 milhões.

As cautelares incluem ainda ordens de afastamento de cargos de parte dos envolvidos no esquema criminoso. Foram afastados os desembargadores Gesivaldo Brito, José Olegário Monção, Maria da Graça Osório, Maria do Socorro Barreto Santiago e os juízes Marivalda Moutinho e Sérgio Humberto Sampaio.