Bahia
Grupo vai propor novo edital de vestibular cancelado após interferência do MEC, diz Unilab
No entanto, DCE diz que seleção para vagas ociosas deve colocar em risco a realização de editais específicos para quilombolas e indígenas
Foto: Reprodução
Um grupo de trabalho foi instalado na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) no último dia 1º para analisar o parecer que baseou o cancelamento do edital com vagas para transgêneros cancelado pelo Ministério da Educação (MEC).
De acordo com nota da reitoria da instituição (veja aqui na íntegra), o colegiado também deve propor uma nova minuta para o edital. Segundo a instituição de ensino, o Diretório Central de Estudantes (DCE) chegou a ser convidado para compor o grupo de trabalho, mas a Unilab não teria recebido resposta.
A universidade também afirma, em nota, que a ocupação de alunos no Campus da Liberdade, na cidade de Redenção (CE) foi ampliada para a quase totalidade dos setores no campus, "comprometendo drasticamente atividades administrativas e acadêmicas".
A instituição também disse que houveram supostos atos de vandalismo, que foram citados ontem (6) pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Conforme a Unilab, houve dano a veículos de gestores e de docentes, furto de bens pessoais de servidores, paredes pichadas e cadeiras quebradas.
Outro lado
Procurado pelo Metro1, o Diretório Central de Estudantes informou que a ocupação, iniciada no dia 17 de julho, também atinge o Campus Malês, em São Francisco do Conde, na Região Metropolitana de Salvador.
O DCE, no entanto, nega que tenha cometido qualquer tipo de vandalismo e furto. "Sobre as paredes, destacamos que as pichações são de momentos anteriores ao período da ocupação", afirma o comunicado do DCE.
"Fica evidente o propósito da reitoria de criminalizar os estudantes que estão organizando a ocupação. Essas acusações infundadas são um grande exemplo disso, pois além de não terem provas e não apresentarem casos concretos, demonstra uma postura irresponsável da administração pública para com os estudantes que compõe o movimento da sua própria instituição", diz a nota do diretório estudantil.
O grupo de estudantes também sustenta que o novo formato de edital proposto pela Unilab para vagas ociosas deve juntar demandas que já são contempladas em outros editais e deve colocar em risco a realização de seleções específicas para quilombolas e indígenas, "tornando-os vulneráveis a mais ataques do governo federal, que nitidamente são motivados por questões ideológicas". Confira aqui a nota completa do DCE.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.