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Ronda Maria da Penha já atende 1.287 mulheres na Bahia

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Ronda Maria da Penha já atende 1.287 mulheres na Bahia

A comandante da Ronda Maria da Penha, a major Denice Santiago, conversou com a apresentadora Nardele Gomes durante o Bom Dia na Metrópole desta quinta-feira (31) e comentou o avanço e o desenvolvimento do trabalho feito pelo grupo especial da Polícia Militar para proteger mulheres que vivem sob ameaça constante em todo o estado. [Leia mais...]

Ronda Maria da Penha já atende 1.287 mulheres na Bahia

Foto: Carol Garcia/ GOVBA

Por: Matheus Simoni no dia 31 de agosto de 2017 às 08:04

A comandante da Ronda Maria da Penha, a major Denice Santiago, conversou com a apresentadora Nardele Gomes durante o Bom Dia na Metrópole desta quinta-feira (31) e comentou o avanço e o desenvolvimento do trabalho feito pelo grupo especial da Polícia Militar para proteger mulheres que vivem sob ameaça constante em todo o estado. Atualmente, a corporação dispõe do Centro de Referência da Mulher Policial Militar, Centro Maria Felipa (CMF), que concentra as ações da Ronda Maria da Penha. \"O problema da violência contra a mulher nos mostrou como a polícia militar precisava estar presente. Estudei a patrulha no Rio Grande do Sul, tive a oportunidade de ver como trabalhavam e aqui a gente colocou uma pimentinha e um azeite de dendê para trazer para cá\", disse a oficial.

A major destacou a atuação da RMP para evitar o aumento no índice de feminicídios, que abrange desde o abuso emocional até o abuso físico ou sexual às mulheres. Desde que a lei federal foi criada, em 2015, a Bahia registrou duas condenações por feminicídio no estado. \"Com a ronda, nós temos uma tropa especializada para atuar contra esses agressores. Fazemos revistas nas residências e próximas ao trabalho para saber como elas estão. Nós vamos fazer essas visitas e elas não têm um horário fixo. Elas acontecem sem marcar numa agenda, porque o objetivo delas é surpreender esse agressores. Temos hoje 1.287 protegidas pela Ronda Maria da Penha. Eu prefiro dizer que são 1.287 feminicídios evitados na Bahia\", declarou Santiago.

Ela falou ainda sobre a importância de tentar reverter o panorama das agressões contra as mulheres dentro e fora de casa. \"Nós sabemos quando estamos sendo violentadas. Eu penso que a tendência agora é denunciar as agressões. São tragédias anunciadas, são crimes construídos dia a dia. Se não for a morte fisiológica, vamos morrer psicologicamente e emocionalmente\", finalizou.