Vote na disputa pelo Prêmio PEBA para piores empresas da Bahia>>

Quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp

Home

/

Notícias

/

Bahia

/

Esquema de lavagem de dinheiro e jogo do bicho na Bahia envolve R$ 5 bilhões

Bahia

Esquema de lavagem de dinheiro e jogo do bicho na Bahia envolve R$ 5 bilhões

Investigação do MPBA resultou na "Operação Lei Para Todos que identificou atuação de 14 pessoas denunciadas por lavagem de dinheiro

Esquema de lavagem de dinheiro e jogo do bicho na Bahia envolve R$ 5 bilhões

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 18 de dezembro de 2024 às 16:42

Atualizado: no dia 18 de dezembro de 2024 às 16:48

Entre 2010 e 2020, 23 empresas foram usadas como fachada para a lavagem de dinheiro em um esquema de aproximadamente R$ 5 bilhões, envolvendo o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis na Bahia. A operação foi conduzida por uma rede criminosa ligada ao grupo de jogos de azar ‘Paratodos’.

A investigação do Ministério Público da Bahia, que resultou na "Operação Lei Para Todos" em 18 de dezembro, identificou a atuação de 14 pessoas denunciadas por lavagem de dinheiro. Além disso, a Justiça bloqueou valores bancários e bens, incluindo veículos, imóveis, lanchas, motos aquáticas e aeronaves.

A operação revelou que as empresas serviram para inserir dinheiro ilícito da jogatina na economia formal, além de proteger o patrimônio dos envolvidos. Entre as 14 pessoas denunciadas, alguns foram identificados como sócios das 23 empresas usadas no esquema. As investigações apontam um aumento significativo no patrimônio dos envolvidos, com um caso de elevação de R$ 9 milhões para R$ 65 milhões em nove anos. Também foram bloqueados cerca de R$ 92,8 milhões em contas bancárias dos denunciados.

O esquema operava a partir de três núcleos: o jogo do bicho, as máquinas caça-níqueis e o "bicho eletrônico".  A investigação revelou que a empresa OM Recreativo Administração e Locação Ltda, associada ao jogo do bicho, era um centro de operações clandestinas, com forte esquema de segurança. O núcleo de "bicho eletrônico" utilizava a empresa Projeta Tecnologias e Projetos Ltda para modernizar as apostas ilegais.