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Maior fabricante de fogos do Nordeste é proibido de operar; Acidente em indústria da família matou 64 pessoas na Bahia

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Maior fabricante de fogos do Nordeste é proibido de operar; Acidente em indústria da família matou 64 pessoas na Bahia

Gilson é filho do proprietário da fábrica "Vardo dos Fogos", onde ocorreu o maior acidente de trabalho da Bahia em 1998, que deixou 64 mortos, principalmente mulheres e crianças

Maior fabricante de fogos do Nordeste é proibido de operar; Acidente em indústria da família matou 64 pessoas na Bahia

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Por: Metro1 no dia 25 de outubro de 2024 às 09:02

Atualizado: no dia 25 de outubro de 2024 às 09:27

O empresário Gilson Froes Prazeres Bastos, considerado o maior produtor de fogos de artifício do Nordeste, virou alvo de uma liminar que o proíbe de produzir, distribuir e vender ilegalmente os produtos. A justiça da Bahia aceitou o pedido de urgência do Ministério Público do Trabalho (MPT), que suspeita que Gilson estava ocultando a operação de um grupo econômico dedicado à produção e venda ilegal de produtos.

Gilson controla indiretamente as empresas Fogos Boa Vista, Fogos Import e Fogos São João, onde foram encontradas irregularidades no transporte e armazenamento de explosivos, sem seguir normas de segurança ou ter autorização do Exército. Ele foi alvo de duas operações recentes que descobriram a produção ilegal de fogos em Santo Antônio de Jesus, na Bahia. Em dezembro de 2023, foi preso em flagrante durante uma fiscalização, e neste ano, outra inspeção encontrou fabricação ilegal em uma chácara de sua propriedade. 

Na liminar da juíza Adriana Manta, da 24ª Vara do Trabalho de Salvador, foi determinada uma multa de R$ 200 mil por cada item descumprido da sentença. O órgão também pediu que o réu pague R$ 20 milhões em danos morais. A assessoria jurídica do réu informou que nem ele nem seu escritório foram notificados sobre a decisão.

Gilson é filho do proprietário da fábrica "Vardo dos Fogos", onde ocorreu o maior acidente de trabalho da Bahia em 1998, que deixou 64 mortos, principalmente mulheres e crianças. Na época da explosão, havia 1,5 tonelada de pólvora no local. Em 2020, o Brasil foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos pelas mortes. No ano passado, para marcar os 25 anos da tragédia, familiares das vítimas protestaram no Centro Administrativo da Bahia (CAB) exigindo o cumprimento da sentença de indenizações.