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Apreensões de cigarros eletrônicos avançam na Bahia e quase já superam 2023 inteiro

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Apreensões de cigarros eletrônicos avançam na Bahia e quase já superam 2023 inteiro

Foram confiscados 1.091 unidades de cigarros eletrônicos entre janeiro e julho de 2024

Apreensões de cigarros eletrônicos avançam na Bahia e quase já superam 2023 inteiro

Foto: Reprodução/Freepik

Por: Metro1 no dia 23 de agosto de 2024 às 11:32

Atualizado: no dia 23 de agosto de 2024 às 11:56

Febre entre os jovens, os cigarros eletrônicos são proibidos pela Anvisa e só entre 2022 e 2024 mais de 2,5 mil dispositivos foram apreendidos em rodovias que cortam a Bahia. O número é da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que revelou também que neste ano, entre janeiro e julho, 1.091 vapes já foram apreendidos em rodovias no estado. O número mostra um avanço dos dispositivos, já que nos 12 meses de 2023 foram apreendidos quase o total dos sete primeiros meses deste ano, 1.102. 

Os dados mostram como esse dispositivo circula no estado. O acesso a eles pode ser ainda mais facilitado, já que um Projeto de Lei que está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e propõe a regulamentação dos vapes pode liberar sua comercialização e produção.

O assunto foi matéria de capa do Jornal da Metropole desta semana. O PL chegou a ser colocado para votação da comissão nesta terça-feira (20), mas foi retirado de pauta. Ele deve ser retomado no próximo dia 3 de setembro. O texto tem sido combatido por médicos de todo o país. A Associação Médica Brasileira (AMB) e outras 79 entidades médicas, além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicaram duas cartas contra a regulação dos cigarros eletrônicos no Brasil. 

Um alerta ligado a esses dispositivos está atrelado ao aumento de uso por adolescentes. Em entrevista à Rádio Metropole, a pneumologista Margareth Dalcolmo falou sobre os riscos do uso e criticou o PL da regulamentação. “Os jovens, sobretudo, não têm o controle. Fumam o tempo todo porque o cérebro está dizendo que a dependência química precisa ser atendida. A justificativa do PL é que vamos saber pelo menos o que eles estariam usando. Uma justificativa completamente desconstruída. A outra alegação é arrecadar imposto. Ora, mas você não pode arrecadar imposto à custa da vida de pessoas, sobretudo jovens”, ressaltou a pneumologista.

Já existe uma doença atrelada ao uso de Dispositivo Eletrônico para Fumar (DEF). Denominada Evali, a Doença Pulmonar Associada aos Produtos de Cigarro Eletrônico ou Vaping, causa fibrose e outras alterações pulmonares, podendo levar o paciente à UTI, e em alguns casos até à morte, em decorrência de insuficiência respiratória.