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Substância capaz de impedir reprodução do Zika vírus é descoberta por pesquisadores da Fiocruz

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Substância capaz de impedir reprodução do Zika vírus é descoberta por pesquisadores da Fiocruz

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco divulgaram nesta terça-feira (15) resultados de testes em laboratório que detectaram uma substância capaz de bloquear a reprodução do Zica vírus.[Leia mais ...]

Substância capaz de impedir reprodução do Zika vírus é descoberta por pesquisadores da Fiocruz

Foto: Sumaia Villela/Agência Brasil

Por: Paloma Morais no dia 15 de agosto de 2017 às 17:55

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco divulgaram nesta terça-feira (15) resultados de testes em laboratório que detectaram uma substância capaz de bloquear a reprodução do Zica vírus. A descoberta foi publicada na revista científica International Journal of Antimicrobial Agents na última sexta-feira (11).

O coordenador do estudo, Lindomar Pena, afirmou ao portal G1 que foi realizado experimentos com a substância sintética 6-metilmercaptopurina ribosídica (6MMPr) em células neurais e da pele, e, nos dois casos, a reprodução do material genético viral apresentou bloqueio de 99,6%. “Principalmente as células nervosas afetadas pelo vírus tiveram uma boa resposta à substância. Isso é muito bom, porque são essas células que levam às consequências mais graves da infecção [por zika], tanto em crianças quanto em adultos”, disse Pena em entrevista ao portal G1.

Ainda de acordo com o pesquisador, a substância pode ser usada na prevenção e tratamento das doenças contraídas por meio do vírus. “Fizemos os testes de forma muito rigorosa, antes e depois de infectarmos as células, e houve resultados positivos nos dois casos”, afirmou.

A investigação foi feita ao longo de um ano e os pesquisadores descobriram a substância 6MMPr após testes feitos para combater um vírus em cães. “Devido à similaridade dos vírus, resolvemos testar para zika”, disse Pena. Segundo ele, a próxima etapa é aplicar a substância em camundongos para averiguar como se comporta o vírus em seres vivos. Ainda de acordo com Pena, a expectativa é que seja iniciado os experimentos nos animais até o fim deste ano. “Na forma nativa, essa substância tem uma eficácia muito boa, mas nós pretendemos fazer novos estudos para melhorar quimicamente o potencial dela”, ressaltou.