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Favorável a intervenção, Julio Lopes fala em estado paralelo, mas admite: ‘Não trará solução imediata’

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Favorável a intervenção, Julio Lopes fala em estado paralelo, mas admite: ‘Não trará solução imediata’

"As companhias elétricas brasileiras e do mundo inteiro têm uma perda de 5% com a energia gerada para as residências. No Rio está em 42% porque são áreas em que a milícia cobra no lugar a companhia. Isso se dá com a água, com o gás, com tudo”, exemplificou o deputado. [Leia mais...]

Favorável a intervenção, Julio Lopes fala em estado paralelo, mas admite: ‘Não trará solução imediata’

Foto: Ananda Borges/ Câmara dos Deputados

Por: Clara Rellstab e Evilásio Júnior no dia 19 de fevereiro de 2018 às 18:30

Integrante da chamada “bancada da bala” na Câmara, o deputado federal Julio Lopes (PP-RJ) se disse “totalmente favorável” à intervenção militar feita pelo governo federal no Rio de Janeiro, a qual considera “absolutamente necessária”.

Em entrevista a Mário Kertész, nesta segunda-feira (19), na Rádio Metrópole, o parlamentar admitiu, no entanto, que a medida “não é simples, nem fácil” e “não trará uma solução imediata”.
“Alguns estados brasileiros podem ter índices de homicídios e assaltos ate compatíveis ao Rio, mas não há nenhum estado brasileiro que está com essa gravidade de controle das milícias e do crime organizado”, opinou.

De acordo com o pepista, o território fluminense sofre com a atuação de um “estado paralelo”. “Eu quero te dar um exemplo da inviabilidade da permanência do estado como ele está agora. A Ampla é uma fornecedora de energia elétrica, assim como a Light. Ambas têm mais de um milhão de medidores elétricos e não podem acessar. Elas fazem investimento, geram eletricidade e mais de um milhão não paga às suas geradoras. Fazem o pagamento à organização de milícias que estão cada vez mais armadas e poderosas. Com a água se dá a mesma coisa. As companhias elétricas brasileiras e do mundo inteiro têm uma perda de 5% com a energia gerada para as residências. No Rio está em 42% porque são áreas em que a milícia cobra no lugar a companhia. Isso se dá com a água, com o gás, com tudo”, exemplificou.

Lopes acredita que, se a medida não der certo nos 30 primeiros dias após a aprovação pelo Congresso, “a situação do governo será muito grave”.