Família de Rocha Loures diz que o encarcerado está em condições de \'tortura\'

A família do ex-assessor do presidente Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, pediu, nesta sexta-feira (30), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin avalie a solicitação de transferência de carceragem de Loures. De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os familiares alegam que outras pessoas que foram encarceradas ou punidas após a delação premiada dos empresários da JBS possuem condições diferentes da do ex-assessor de Temer.

A situação de Rocha Loures, segundo seus familiares, é análoga à tortura 'para delatar Temer', uma vez que há 17 dias o delatado está sem ver a luz do sol na carceragem da Polícia Federal, em Brasília. No local, não há pátio. Segundo relatos de ex-colegas, o também ex-deputado ficou as últimas duas semanas em uma cela sem janela, com pouca ventilação, sem banheiro e sem chuveiro.

O advogado de Rocha Loures, Cezar Bitencourt, afirmou que o parlamentar 'morre, mas não delata' e diz ainda que o cliente  sempre foi bem tratado pela PF, mas que a carceragem do órgão não é adequada. 'É um local de passagem de presos, que deveriam ficar lá no máximo dois dias', afirma. Ainda de acordo com a defesa de Loures, depois da prisão o deputado deverá ser levado a um hospital.

Rodrigo Rocha Loures foi preso no dia 3 de junho pela Polícia Federal, em Brasília. O ex-ministro, que também é ex-assessor especial do presidente Michel Temer, foi flagrado pela PF recebendo em São Paulo uma mala com R$ 500 mil, que segundo a delação dos empresários da JBS, era propina.