
Política
Wagner diz que partidos viraram “cooperativa de deputados”
O ex-governador da Bahia é a favor ainda do fim do comércio de tempo de TV para o horário político. "Acabava com essa pirotecnia", disse Wagner. [Leia mais...]

Foto: Tácio Moreira/Metropress
Depois da emenda constitucional que permitiu a brecha da troca de legenda de deputados federais, estaduais e vereadores sem que haja punição — a chamada janela partidária —, dezenas de deputados federais trocaram de partido na corrida pelas eleições. Em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta sexta-feira (20) o ex-governador da Bahia e ex-ministro do governo Dilma, Jaques Wagner, falou sobre essas mudanças, classificando os novos agrupamentos de “cooperativa de deputados”.
“Não existe democracia se não tiver partido político forte. Nos EUA, são só dois partidos, na França, três, quatro. Aqui nós temos 40. Não é mais partido, é cooperativa de deputados. Com todo o respeito, o próprio Supremo Tribunal Federal deveria fazer um julgamento”, disse o ex-governador, lembrando ainda que a divisão partidária beneficia determinados políticos no tempo de TV, o que quebraria a isonomia democrática.
“Precisamos acabar com o comércio do tempo de TV e o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fazer uma interpretação: se o partido tiver candidato, o tempo é do partido; se o partido apresentar candidato, já acaba com esse comércio. A outra coisa é acabar com a coligação proporcional. Se tivesse o fim do comércio do tempo, a diminuição do tempo de TV, poderia acabar com o programa corrido, só ficava o anúncio. Acabava com essa cinematografia que virou a campanha. Acabava com essa pirotecnia”, pontuou o ex-governador.
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