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Atos de vandalismo em Salvador causam prejuízo de milhões à Prefeitura

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Atos de vandalismo em Salvador causam prejuízo de milhões à Prefeitura

Nos últimos meses Salvador tem sofrido com ações de vândalos nos bens públicos, como mobiliário urbano, equipamentos de utilidade e, também, paisagismo. O prefeito de Salvador, ACM Neto, tem chamado a atenção da população e criticou os atos como o incêndio em um dos 75 pontos de coleta seletiva na Pituba, destruição de jasmins floridos na Barra e pichação no monumento Clériston Andrade. [Leia mais...]

Atos de vandalismo em Salvador causam prejuízo de milhões à Prefeitura

Foto: Reprodução/ Instagram

Por: Paloma Andrade no dia 23 de outubro de 2015 às 19:30

Nos últimos meses Salvador tem sofrido com ações de vândalos nos bens públicos, como mobiliário urbano, equipamentos de utilidade e, também, paisagismo. O prefeito de Salvador, ACM Neto, tem chamado a atenção da população e criticou os atos como o incêndio em um dos 75 pontos de coleta seletiva na Pituba, destruição de jasmins floridos na Barra e pichação no monumento Clériston Andrade. 

Em entrevista à Metrópole, o Secretário de Manutenção da cidade, Marcílio Bastos, citou os últimos acontecimentos, lamentou os atos.“O aumento de vandalismo, danos ao patrimônio como brinquedos infantis, bancos roubados, fiação retirada... O monumento Clériston Andrade, que foi o mais recente, que foi um equipamento que tinha sido totalmente recuperado porque tinha sofrido aquele incêndio, que foi de vandalismo também, e recentemente foi pichado. É lamentável que isso aconteça”. 

Marcílio disse que os casos identificados já foram entregues à Polícia Militar. “Nesse caso específico do Clériston Andrade, lá tem duas câmeras da SSP [Secretária de Segurança Pública], por isso nós já fizemos o B.O [Boletim de Ocorrência], Já solicitamos, inclusive, que essas imagens sejam observadas, que essa informação seja levada em consideração de forma a identificar quem fez isso e punir”, explicou.   

O secretário explicou que um novo investimento para renovar os equipamentos danificados, já causaram mais prejuízos à Prefeitura. “Toda vez que nós somos obrigados a investir em recuperação, por conta do vandalismo, deixamos de investir em outros equipamentos. Hoje está acima de R$ 400 mil de investimento, de retrabalho, em função do vandalismo na cidade. A gente sabe que essa conta pode crescer até o final do ano, infelizmente, mas nós não vamos descansar”, garantiu Marcílio. 

O presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, disse acreditar que parte desses atos são provocados por usuários de drogas.

“A gente está vivendo em Salvador um momento muito difícil. A constante depredação do patrimônio público, principalmente os monumentos da cidade. A gente tem tido várias ações do vandalismo, que essas estão diretamente ligadas ao consumo de crack, em que a pessoa pega, arranca, para vender o bronze e, com esse dinheiro, comprar o crack”, afirmou

Para o presidente, a outra parte que realiza essas ações, fazem parte de um grupo organizado que se reúne, simplesmente, para destruir os bens públicos.  

“Eu acredito que exista uma ação organizada de destruição que está, não só atingindo os monumentos. Recentemente várias cestas de lixo reciclável foram destruídas. Levaram todos os bancos da Praça Nossa Senhora da Luz. Uma operação que uma pessoa sozinha, sem organização não ia conseguir fazer. Ou seja, é uma situação bastante delicada”.  

Guerreiro contou que algumas iniciativas estão sendo tomadas para evitar mais atos contra o patrimônio público em Salvador. 

“A gente vai começar um processo de educação patrimonial. Vamos lutar, cada vez mais, para que a população entenda que esses monumentos contam a história da cidade, e nos momentos que eles são destruídos, Salvador fica sem identidade”  

Fernando Guerreiro sinalizou, ainda, que, além das iniciativas morais, serão realizadas também iniciativas físicas, como a alteração dos equipamentos públicos. Segundo ele, os gastos para recuperação dos monumentos já chegam a R$ 2 milhões.  

“Nós vamos trocar o bronze pelo acrílico. Que as pessoas vão chegar lá e vão dizer 'Isso aqui não da pra levar, porque não vai servir pra nada'. Já recuperamos 35 monumentos e continuamos a recuperar. A despesa está na média de R$ 2 milhões. Esse dinheiro poderia estar sendo empregado, em uma recuperação simples, na construção de um novo monumento, e não perdendo tempo em cobrir, mais uma vez, uma ação criminosa”, criticou. 

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