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Ponto ecológico: sem manutenção, equipamento tem de verde só o nome

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Ponto ecológico: sem manutenção, equipamento tem de verde só o nome

Entregue em janeiro de 2016 como um primeiro passo para melhorar a vida dos soteropolitanos, o ponto de ônibus ecológico da Rua Arthur de Azevedo Machado, no Costa Azul, ficou mesmo só no marketing de ocasião. [Leia mais...]

Ponto ecológico: sem manutenção, equipamento tem de verde só o nome

Foto: Tácio Moreira/ Metropress

Por: Luiza Leão no dia 23 de novembro de 2017 às 16:36

Entregue em janeiro de 2016 como um primeiro passo para melhorar a vida dos soteropolitanos, o ponto de ônibus ecológico da Rua Arthur de Azevedo Machado, no Costa Azul, ficou mesmo só no marketing de ocasião. Além de não terem sido feitos outros equipamentos desde então, quem passa por ali logo percebe a vegetação seca, o que impede sua principal função: reduzir em até 5% a temperatura ambiente no ponto de ônibus, o que tornaria menos penosa a espera da população pelos coletivos.

Quando entregue, o equipamento contava com grama, plantas ornamentais e flores da espécie Alamanda, também conhecida como Dedal-de-Dama.

 Hoje, mal é possível distinguir que tipo de vegetação compõe a laje do ponto, tamanha a secura.

Questionado sobre o abandono do ponto verde, o titular da Secretaria Cidade Sustentável (Secis), André Fraga, negou falta de atenção. \"O sistema de irrigação parou de funcionar durante um tempo, mas eles foram todos recuperados. Ele [o ponto verde] foi recuperado. Não tem falta de manutenção, não. Eu passei lá recentemente e tá \"okʹ\", declarou ao Metro1.

As fotos da reportagem dizem o contrário.

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O secretário também não conseguiu explicar que benefícios o equipamento proporciona hoje a quem o utiliza. \"Aí você tem que perguntar, na verdade, para quem pega ônibus lá, né? Quem pega ônibus lá, com certeza, sentiu a redução da temperatura. Estudos indicam que reduz em até 5% a temperatura quando você tem um teto verde\", falou.

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Conforme ficou claro, dado o descaso com o único ponto verde da cidade, o secretário da Cidade Sustentável admitiu que não há previsão para que outros equipamentos do tipo sejam instalados por Salvador. \"Nós fizemos ele como um ponto, digamos assim, modelo, mas ele é um ponto que não se implanta mais, aquele ponto de concreto na cidade. Ele é um ponto antigo. Hoje os pontos são de metal [nota da redação: curiosamente, metal é um dos materiais que mais causam calor]. Estamos avaliando outros pontos da cidade, mas a ideia é para mostrar que é possível fazer\", concluiu.