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Lojistas reclamam da falta de transparência na taxa de condomínio de shoppings

Não há dúvida que a crise atingiu em cheio consumidores e lojistas. Mas, em Salvador, além da redução das vendas, os empresários reclamam também dos altos encargos — principalmente a taxa de condomínio dos shoppings. E o valor salgado não atrapalha apenas os pequenos lojistas [Leia mais...]

Lojistas reclamam da falta de transparência na taxa de condomínio de shoppings

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Bárbara Silveira no dia 10 de fevereiro de 2017 às 11:55

Não há dúvida que a crise atingiu em cheio consumidores e lojistas. Mas, em Salvador, além da redução das vendas, os empresários reclamam também dos altos encargos — principalmente a taxa de condomínio dos shoppings. E o valor salgado não atrapalha apenas os pequenos lojistas. 

Responsável por uma grande loja em um shopping de Salvador, um empresário que não quis se identificar deu o panorama da situação: “Com a crise, os lojistas recorrem a refinanciamentos e negociações, porque o rendimento não supera os gastos”, contou à Metrópole. 

Supostamente, o cálculo do valor é feito levando em conta gastos com água, luz e segurança, mas a verdade é que a taxa de condomínio dos shoppings é uma verdadeira caixa-preta.

Shoppings de salvador ultrapassam média nacional de taxa de condomínio
Dois shoppings de Salvador ultrapassam a taxa média de R$ 80 por m² praticada nacionalmente. Marcelo Guimarães*, empresário ouvido pelo Jornal da Metrópole que possui lojas nos shoppings Salvador, da Bahia e Bela Vista, garantiu que, nestes dois últimos, o lojista paga R$ 90 pelo metro quadrado. 

“Os shoppings de Salvador estão ultrapassando esse limite. A gente tem três custos: aluguel, condomínio e fundo de promoção e propaganda. Todo shopping tem esses custos para os lojistas”, explicou o empresário.

Ninguém fala sobre os valores altos
Nenhum dos shoppings citados quis responder quanto cobra de taxa de condomínio ou qual o atual percentual de inadimplentes. O Shopping Barra afirmou que não pode fornecer os dados,  “pois o pacto firmado [com as lojas] veda essa divulgação”. Já o Salvador e Salvador Norte disseram que as taxas são definidas levando em conta “uma série de custos administrativos, relacionados a despesas mensais”, mas não informaram os valores questionados. O Shopping da Bahia e o Bela Vista não se posicionaram até o fechamento da matéria.

Fecomércio defende silêncio 
Vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio), Kelsor Fernandes defende o silêncio dos shoppings de Salvador. “Taxa de condomínio é rateio. Tanto faz ser shopping ou prédio residencial. Os shoppings não falam porque é condomínio, coisa normal, não tem porque estar falando tanto. Um condomínio de shopping tem segurança, limpeza, luz, não tem muita diferença”, argumentou.