Cidade
"O povo a ver navios", diz dirigente do Sindimed sobre imbróglio do Espanhol
Fechado há mais de dois anos, o Hospital Espanhol — um dos maiores de Salvador — segue sem um futuro definido. A unidade médica, que amarga uma dívida trabalhista de R$ 125 milhões, teve os bens móveis e imóveis penhorados recentemente. [Leia mais...]
Foto: Tácio Moreira/Metropress
Fechado há mais de dois anos, o Hospital Espanhol — um dos maiores de Salvador — segue sem um futuro definido. A unidade médica, que amarga uma dívida trabalhista de R$ 125 milhões, teve os bens móveis e imóveis penhorados recentemente. Em entrevista a José Eduardo, na Rádio Metrópole, na manhã desta segunda-feira (24), o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), Francisco Magalhães, criticou a falta de celeridade para a reabertura do equipamento. "Parece que na Bahia temos leitos à vontade, uma cobertura satisfatória. Você tem um aparelho que deveria servir a toda uma sociedade, fechado. Até hoje não recebemos nenhuma informação. Procuramos saber e não tinha novidades", afirmou.
"Na lista de regulação deve ter umas 200 pessoas precisando de UTI. Lá [no Hospital Espanhol] tem 100 leitos de UTI. É surrealista. Não existe. Tem milhares de pessoas esperando na fila para fazer uma cirurgia de vesícula, de mioma, próstata. Lá tem toda essa condição. Bastaria se organizar e aí se resolveria isso. Vivemos em uma sociedade que parece que as pessoas brincam com todas essas coisas", acrescentou. Questionado sobre investigações relacionadas a desvio de dinheiro por parte dos ex-gestores, o dirigente sindicalista declarou: "Já deram no pé. Caíram fora e o povo ficou a ver navios".
Sobre o estacionamento da unidade que continua funcionando, Magalhães ressaltou: "A informação que tenho é que aquele estacionamento está pagando a conta de luz e água. Não sei se é verdade, não sei quem está fazendo a intermediação. Provavelmente, é a própria Real Sociedade. Para manter aquilo é um custo, um desperdício de dinheiro", concluiu.
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