Shopping da Gente segue fechado e empresário prefere continuar dando prazos

Desde maio de 2014, os comerciantes que adquiriram uma unidade no Shopping da Gente deveriam estar trabalhando. Mas, quase dois anos depois, a realidade de quem investiu até R$ 110 mil em uma loja é bem diferente. 
De acordo com Yan Barros, que adquiriu um box no espaço, os comerciantes amargam o prejuízo. “Teve gente que conseguiu vender o estoque a preço de custo, mas muitos não conseguiram. É tudo muito incerto, a gente nunca consegue ter certeza de nada”, reclama. O espaço, que fica na Av. ACM, já teve o seu funcionamento adiado por diversas vezes, e a lista de desculpas do responsável pelo empreendimento, Carlos Piñon, não para de crescer. 

Assim como das vezes anteriores  o empresário afirmou, na terça (26), que já está tudo certo para a liberação. “As pendências que se tinha que resolver com a Sefaz já foram resolvidas, a obra está pronta. Agora, estamos fazendo o chamado para que eles [lojistas] vejam em quanto tempo podem aprontar as lojas”, afirma. Como era de se esperar, um novo prazo foi dado: “Presumivelmente, no mês de julho”.

Não tem nem habite-se

Apesar de o empresário voltar a garantir que o estabelecimento está apto para funcionar, o empreendimento ainda não possui o Habite-se emitido pela Prefeitura. De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom), todos os documentos foram enviados pelo empreendimento, mas o Habite-se não foi liberado “devido a impedimentos previstos no Artigo 34, V da Lei 8421/2013” — leia-se dívidas com o Município. 

Questionado sobre o entrave, Piñon preferiu desmentir a Prefeitura e declarar que o documento já foi liberado. “Está tudo certo, sim. Foi resolvido agora”, insistiu, afirmando que teve uma reunião na última terça com representantes dos lojistas.