Brasil
Jovem negra tem mais que o dobro de risco de ser morta do que branca
Dados do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, divulgados nesta segunda-feira (11) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que as principais vítimas da violência, no ano de 2015, entre jovens de 15 a 29 anos, são negros e moradores de periferias. [Leia mais...]
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Dados do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência, divulgados nesta segunda-feira (11) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em parceria com a Secretaria Nacional de Juventude e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que as principais vítimas da violência, no ano de 2015, entre os jovens de 15 a 29 anos, são negros e moradores de periferias.
O estudo também aponta que em 26 das 27 unidades da federação, a taxa de homicídios é maior entre as jovens mulheres negras do que as brancas: 2,19 vezes maior do que o de uma jovem branca.
“Esse resultado revela a necessidade de avançarmos na garantia dos direitos das mulheres e no combate à violência ligada à questão de gênero”, destaca a representante da Unesco em seu texto introdutório ao Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência.
O Atlas da Violência 2017, divulgado em junho deste ano, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e pelo mesmo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, já mostrava que, em 2015, 31.264 das 59.080 pessoas assassinadas eram jovens entre 15 e 29 anos.
Do número, 71% eram negros e pardos. Além disso, o atlas apontava que a taxa de homicídios de mulheres brancas caiu 7,4%, já a taxa de mortalidade negras aumentou 22%.
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