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Prefeitura de SP recebe multa de R$ 50 mil por homenagem a Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal

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Prefeitura de SP recebe multa de R$ 50 mil por homenagem a Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal

Segundo alegação da Justiça, o local é um prédio público e não deve ser usado para finalidades políticas

Prefeitura de SP recebe multa de R$ 50 mil por homenagem a Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal

Foto: André Bueno/REDE CÂMARA SP

Por: Metro1 no dia 27 de março de 2024 às 18:50

A Prefeitura de São Paulo foi multada em R$ 50 mil pelo Tribunal da Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) por realizar no Theatro Municipal um evento em homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), na última segunda-feira (25). A cerimônia de entrega do título de cidadã paulistana a Michelle, foi organizada pela Câmara Municipal, responsável por conceder a honraria. 
 
Com as presenças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), o evento foi realizado mesmo estando em vigor uma decisão liminar da Justiça de São Paulo proibindo a cessão do espaço para a homenagem. A Justiça alega que a cerimônia devia ter ocorrido na sede do Legislativo paulistano.

O entendimento foi apresentado à Justiça pelo gabinete da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), argumentando que a cerimônia desvirtuaria o Theatro Municipal, um prédio público, para um evento com finalidade política, além de representar custos extras ao Poder Público, uma vez que ocorreria fora da Câmara.

A decisão previa uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento, mas a cerimônia foi realizada após o vereador Rinaldi Digilio (União), autor do pedido de homenagem, afirmar o pagamento de R$ 100 mil para locar o espaço.  A Prefeitura de São Paulo encaminhou um comprovante de pagamento para a Justiça, alegando que Digilio não teria cedido o espaço do Theatro Municipal gratuitamente.

Ao CNN, a prefeitura alegou que apenas se manifestará à Justiça. Por outro lado, a Câmara, destacou que “sempre prezou pelo total acatamento” a decisões judiciais, reforçando que a locação “foi custeada integralmente” por Digilio. “Não há que se cogitar descumprimento à decisão judicial”, acrescentou.