Brasil
Bahia está em terceiro lugar com casos de microcefalia no país
Diante de tantos registros dos casos de microcefalia no Brasil, no Nordeste a situação "é grave". A afirmação foi feita pelo neurologista e diretor do Hospital Sarah Salvador, Ivar Brandi, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (17). [Leia mais...]
Foto: Reprodução / Agência Brasil
Diante de tantos registros dos casos de microcefalia no Brasil, no Nordeste a situação "é grave". A afirmação foi feita pelo neurologista e diretor do Hospital Sarah Salvador, Ivar Brandi, em entrevista à Rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (17). De acordo com Brandi, houve um aumento no número de casos e, hoje, a Bahia está no terceiro lugar com base no último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde. Foram 49 óbitos no país, cerca de 10% a cada semana.
"Tem Pernambuco e Paraíba seguido pela Bahia. Estamos atendendo aqui no Sarah, observamos o aumento na procura do atendimento às mães com bebês. Os diagnosticados ou com suspeita de microcefalia podem agendar através do site", disse.
Segundo o diretor do hospital, o conselho principal é a proteção individual, como uso de roupas que cubram os membros inferiores, repelentes específicos indicados pelo site da Anvisa, entre outros. "A gente sabe que alguns repelentes são ineficazes com aedes, e é difícil evitar contato com pessoas que tenham sinais da doença. As pessoas infectdas têm que se cuidar também, além da proteção do domicílio", falou.
Questionado se é recomendado o adiamento da gestação, Ivar Brandi afirmou ser uma questão bem sensível e os casos são individuais. "Se for uma mulher jovem que não tem nenhum problema de saúde que pode programar, isso é possível, mas muitas vezes lidamos com mulheres que estão desejando muito a gravidez, estão em programas de infertilidade, então é mais sensível e tem que ser discutido com o médico que tá orientando".
Com a epidemia, o primeiro caso foi em Pernambuco e atualmente tem infectado outros estados, de acorco com o neurologista, não há como prever o tempo que isso vai durar, nem como o vírus vai se comportar na nossa sociedade, além de como vão se desenvolver essas crianças com microcefalia.
"Já tem casos consumados em outros estados. Vai se propagando e à medida que o tempo vai passando o sul e o sudeste vem sendo atingidos também. Em relação a atuação das forças armadas, acho que toda ajuda é bem vinda, mas a impressão que tá é que estamos lutando contra o inimigo tardiamente, deveriamos ter feito isso antes", pontuou. Um boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), nesta quarta-feira (17), revelou que o número de notificações subiu para 744, na Bahia.
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