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PM baiana realizou mais de 10 mil prisões em 2017: “Uma coisa assustadora”

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PM baiana realizou mais de 10 mil prisões em 2017: “Uma coisa assustadora”

Secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa conversou com Mário Kertész na manhã desta terça-feira (22) sobre os números da violência na Bahia. De acordo com levantamento da pasta, somente no primeiro semestre de 2017 foram realizadas 10.257 prisões, uma média de 57 por dia, além de 3,5 toneladas de drogas [Leia mais...]

PM baiana realizou mais de 10 mil prisões em 2017: “Uma coisa assustadora”

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Bárbara Silveira e Gabriel Nascimento no dia 22 de agosto de 2017 às 08:24

Secretário de Segurança Pública do Estado, Maurício Barbosa conversou com Mário Kertész na manhã desta terça-feira (22) sobre os números da violência na Bahia. De acordo com levantamento da pasta, somente no primeiro semestre de 2017 foram realizadas 10.257 prisões, uma média de 57 por dia, além de 3,5 toneladas de drogas.

O secretário ressaltou que 1818 menores foram apreendidos no período, uma média de 10 por dia. “A quantidade prisões e apreensões só faz crescer, é uma coisa assustadora. Se você tiver uma ideia que o sistema prisional tem 13 mil pessoas, em 1 semestre a gente prendeu 10 mil. Nesse cenário de hoje da segurança pública, tem determinadas coisas no país que precisam ser consertadas e colocadas no devido lugar. Ou a gente tem a segurança pública como pauta principal como as reformas políticas, ou eu não sei... não se fala em reforma da segurança, ou não se considera a segurança publica, de fato, não sei o que estamos fazendo”, desabafou.

De acordo com o secretário, a polícia tem trabalhado para melhorar a sensação de segurança nas ruas, mas o sistema ainda é falho e comete erros que prejudicam o trabalho. “O discurso de que problema da segurança pública só reside nas polícias, não se sustenta. A população está vendo efetivamente as coisas acontecendo, temos as agencias de custodias, institutos, não sou contra, mas sou contra da forma que acontece hoje, obriga que em 24 horas a gente apresente a manutenção, em 24 é quase impossível viabilizar. Final de semana temos 50, 60 pessoas presas. Como é que a gente vai fundamentar a manutenção de uma pessoa? A soltura é mais rápida do que a manutenção. Isso gera um sentimento de que é mais fácil sair pelas audiências do que efetivamente a população se ver livre dessas pessoas. São inúmeras discussões que a gente tem que ter. Dizer que a polícia não está trabalhando, não é verdade”, disse.