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Gildásio Daltro fala sobre método usado em mais de 600 transplantes com células tronco na Bahia

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Gildásio Daltro fala sobre método usado em mais de 600 transplantes com células tronco na Bahia

"É o Brasil inteiro que vem para cá, porque o Hospital das Clínicas é o único autorizado a fazer esse transplante de célula tronco para regeneração óssea", explica professor e médico ortopedista

Gildásio Daltro fala sobre método usado em mais de 600 transplantes com células tronco na Bahia

Foto: Matheus Simoni/Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 10 de julho de 2019 às 13:14

O professor e médico ortopedista Gildásio Daltro falou, em entrevista à Rádio Metrópole, sobre o trabalho de regeneração por meio de célula tronco que lidera no Hospital Universitário Professor Edgard Santos da Universidade Federal da Bahia (HUPES/UFBA), conhecido como Hospital das Clínicas, localizado em Salvador. 

"Já temos mais de 600 transplantes. É o Brasil inteiro que vem para cá, porque o Hospital das Clínicas é o único autorizado a fazer esse transplante de célula tronco para regeneração óssea", explica.

Gildásio afirma que a anemia falciforme foi o foco inicial da pesquisa, com procedimentos no joelho, quadril e ombro. 

"Essas pessoas fazem muita necrose óssea. A célula tronco ajuda essa pessoa de forma fantástica, porque o uso da célula tronco não precisa implantar nenhum corpo estranho ou metal. Temos mais de 400 transplantes nessa linha", informa.

De acordo com o médico, o custo do tratamento é pequeno, porque no mesmo momento em que retira a célula tronco, já é possível injetar na articulação. O preparo é feito em uma máquina franco  franco suíça que informa a quantidade e a qualidade das células.

"Temos feito desde 2004. Com esse método, nós conseguimos apresentações e publicações no mundo inteiro. O que nos levou em 2015 a sermos escolhidos para membro de honra da Sociedade Francesa de Cirurgia Ortopédica", comemora. 

Gildásio também avalia que, em grande parte, já estão superadas as críticas feitas ao uso de célula tronco que questionam que o ser humano gostaria de ter papel de Deus. Ele explica que na pesquisa que coordena é usada a célula tronco autóloga, diferente da embrionária. 

"Isso está superado. Quando se fala de célula tronco, é bom que a gente diferencie a célula tronco autologa, da célula tronco embrionária - aquela que retira do cordão umbilical e ainda levanta discussões. No mundo inteiro, nós usamos célula tronco autóloga, do próprio indivíduo", afirma o médio. 

Ele justifica que na comunidade europeia e em países como EUA e China, os estudos estão liberados com menor restrição. 

"Temos algumas restrições para liberar os tratamentos no Brasil, porque a Anvisa exige um pouco mais para fazer isso", explica.