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Bob Fernandes: Musk tem um projeto pessoal de poder e usa X como megafone digital

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Bob Fernandes: Musk tem um projeto pessoal de poder e usa X como megafone digital

Declaração foi feita no programa Três Pontos desta semana

Bob Fernandes: Musk tem um projeto pessoal de poder e usa X como megafone digital

Foto: Metropress/Isabelle Corbacho

Por: Metro1 no dia 05 de setembro de 2024 às 13:35

Atualizado: no dia 05 de setembro de 2024 às 14:18

A decisão da Starlink, empresa fornecedora de internet de Elon Musk, de voltar atrás nos anúncios feitos e iniciar o processo de suspensão do X (antigo Twitter), cumprindo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), não foi por conta de possíveis ameaças feitas pela Corte. Para o jornalista Bob Fernandes, Musk tem um projeto de poder pessoal e usa o X como megafone digital, mas a Starlink tem envolvimento também com um plano estratégico de Estado para os Estados Unidos. Essa análise foi feita no programa Três Pontos desta quinta-feira (5).

“O recuo não ocorreu por conta do Estado brasileiro ou do Supremo Tribunal Federal, mas pelas consequências da recusa do Musk de bloquear o X. A Starlink é uma subsidiária da SpaceX, o principal dono é o Musk, mas tem uma teia obscura e confusa de controladores, ele é o dono, mas tem mais gente. É parte de um projeto  estratégico de Estado dos EUA, não do governo atual ou do que virá. Seus satélite captam informações de todos os países que estão. Os EUA, o Estado, quer a Starlink na Pertrobras e não admitiriam a continuidade dessa disputa quando ela salta do X para a Starlink. O Musk está dodói com o Xandão, chama ele e diz 'vá brigar com ele no Twitter, mas não envolva a Starlink', explicou.

“Os Estados Unidos é o primeiro país do mundo a ter uma quarta força militar, Exército, Marinha, Aeronáutica e desde que foi formada, em 2019, a Força Aérea Espacial. E nisso o Musk é peça fundamental com sua empresa SpaceX que é uma empresa de Sistemas Aeroespaciais, transporte especial e comunicação”, completou. 

O bloqueio de R$ 2 milhões das contas da empresa foi determinado por Moraes devido ao descumprimento de uma série de ordens judiciais pela rede social. A Starlink também afirmou que iniciou um processo legal na Suprema Corte dos Estados Unidos, onde a empresa tem sede, explicando a "ilegalidade grosseira" da ordem, que congelou as finanças da companhia e a impediu de realizar transações financeiras no Brasil. 

Segundo Bob, Musk não recuou e cedeu só no Brasil. Na Índia e na Turquia, por exemplo, ele também recuou por conta dos interesses estratégicos dos EUA. "Ele tem um projeto pessoal de poder, por isso que comprou o Twitter e usa hoje como um megafone digital. Se ele é o homem mais rico do mundo, não se entende porque ele comprou o Twitter por 44 bilhões de dólares e hoje o X não vale nem 4 bilhões de dólares. É porque é o megafone digital dele. Ele quer ser um líder empresarial e estar no palco como o condutor da extrema direita", disse.

Confira o programa na íntegra: