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Vitória de Milei na Argentina será um “grande teste" para a política externa brasileira, diz marqueteiro
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Vitória de Milei na Argentina será um “grande teste" para a política externa brasileira, diz marqueteiro
João Santana foi entrevistado na Rádio Metropole, nesta quarta-feira
Foto: Reprodução Rádio Metropole
O jornalista, publicitário, escritor e marqueteiro político, João Santana, comentou sobre as dificuldades que o Brasil pode enfrentar, caso Javier Milei, candidato à presidência de extrema direita, vença as eleições na Argentina. Durante entrevista à Rádio Metropole, nesta quarta-feira (16), João disse que será uma tarefa difícil, devido às bandeiras defendidas por Milei, como o fim do Mercosul.
“Vai ser dificílimo, vamos rezar para que não aconteça, até porque uma das bandeiras principais dele é acabar com o Mercosul e a Argentina é nosso parceiro importantíssimo [...] Como vai se comportar nesse aspecto o governo brasileiro é fundamental [...] Se o Mile ganhar pode acontecer uma migração forte e se as propostas dele forem implantadas é um caos, uma crise política sem precedentes [...] Seria um grande teste para o Brasil", disse.
Milei é um economista ultraliberal, se autodeclara "anarcocapitalista", e venceu as primárias na Argentina. João explica que a possibilidade da vitória de Milei é um “fator perigoso” e pode trazer “perturbação profunda” não só para o Brasil, mas à política latino-americana.
“O momento em que ele surge e a forma em que ele se manifesta, é tudo muito curioso [...] é muito cedo para dizer que ele vai vencer, mas há muitos fatores perigosos nele. É um perigo pois [ele tem] as propostas mais irracionais possíveis”, comentou.
As eleições primárias têm votação obrigatória para definir os candidatos que concorrerão às eleições presidenciais, que acontecem em outubro no país. Para João, o voto da população está ligado com o lado irracional, o que estaria sendo hiper valorizado por Milei na busca por votos. Segundo ele, o cenário de crise econômica e política instaurado no país, tem potencializado a campanha do candidato.
“Por isso [propostas irracionais] que provoca o eleitor inconsciente para votar nele, pois o país destroçado economicamente, politicamente e uma revolta muito grande que lembra a grande crise de 2001/2002 e agora estamos à beira disso, inflação, juros, desemprego altíssimo. Então é um perigo”, declarou.
Confira a entrevista na íntegra:
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