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Aras não é dono da verdade e não vai poder ignorar relatório da CPI da Covid, diz Omar Aziz

Política

Aras não é dono da verdade e não vai poder ignorar relatório da CPI da Covid, diz Omar Aziz

Presidente do colegiado afirma que há "indícios fortíssimos" de busca de vantagens em negociação de vacinas

Aras não é dono da verdade e não vai poder ignorar relatório da CPI da Covid, diz Omar Aziz

Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado

Por: Metro1 no dia 26 de setembro de 2021 às 18:04

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse acreditar que o relatório final da comissão será robusto o suficiente para não ser engavetado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, próximo ao presidente Jair Bolsonaro.

"Está achando que o cara [Aras] vai matar isso no peito [engavetar] e vai dizer: 'Não, espera aí, eu mato isso no peito e vou resolver'? Não é assim, não", afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Aziz disse também que o relatório vai recomendar o indiciamento de vários personagens do governo Jair Bolsonaro por crimes contra a vida, sanitário e por omissão.

O senador acrescentou que há "indícios fortíssimos" de que houve busca de vantagens na negociação de vacinas, mas ressaltou que até agora as suspeitas de corrupção não alcançam o chefe do Executivo.

Ele deixou claro, no entanto, que houve prevaricação de Bolsonaro. "E aí o presidente entra quando é alertado pelo [deputado] Luís Miranda, ele não toma providência”, disse.

Nosso relatório está indiciando e falando de muita gente, com o auxílio de uma equipe de juristas, profissionais da saúde, advogados. Nosso relatório é muito consistente.

"Augusto Aras não é dono da verdade, não pode sentar [no relatório]. Você está falando só em relação ao presidente. Tem outros fatores, nem tudo passa pelo Augusto Aras. E mesmo assim você pode levar ao Supremo notícia-crime, e o Supremo manda o Ministério Público abrir o procedimento, já aconteceu isso", declarou Aziz.

"Não dá para você achar que uma instituição como o Ministério Público Federal, que tem procuradores de vários pensamentos, ache normal chegar a 600 mil vidas [perdidas] e fazer de conta que não está acontecendo nada, jogar para debaixo da mesa", acrescentou o senador.