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Irritado com pergunta sobre vacina, Queiroga repete Bolsonaro e abandona entrevista

Política

Irritado com pergunta sobre vacina, Queiroga repete Bolsonaro e abandona entrevista

Ministro da Saúde não gostou de questionamento feito sobre indícios de irregularidades na negociação para a compra do imunizante indiano Covaxin

 Irritado com pergunta sobre vacina, Queiroga repete Bolsonaro e abandona entrevista

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 23 de junho de 2021 às 11:56

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, abandonou uma entrevista na manhã desta quarta-feira (23) após se irritar com uma pergunta sobre a vacina indiana Covaxin. Diante do questionamento, repetiu comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e deu as costas para os repórteres.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, inicialmente, o ministro foi indagado acerca do que faria em relação ao imunizante, em torno do qual há indícios de irregularidade na negociação para a sua compra pelo Ministério da Saúde.

Chefe da pasta, Queiroga então disse que o governo não comprou nenhuma dose da vacina. "Todas as vacinas que têm registro definitivo da Anvisa ou emergencial, o Ministério considera para aquisições. Então, esperamos este tipo de posicionamento para tomar uma posição acerca não só dessa vacina, mas de qualquer outra vacina que obtenha registro emergencial ou definitivo da Anvisa porque já temos hoje um número de doses de vacina contratados acima de 630 milhões", afirmou Queiroga.

Um outro jornalista perguntou então se o governo compraria a vacina mesmo com preço mais alto que os demais imunizantes. Foi neste momento em que o ministro se irritou. "Eu falei em que idioma? Eu falei em português. Então, não foi comprado uma dose sequer da vacina Covaxin nem da Suptinik", disse o ministro.

Os repórteres explicaram que a pergunta se referia a uma intenção futura. Queiroga disse que "futuro é futuro" e deixou a entrevista sem responder a outras indagações.

À Folha, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) relatou que ter avisado Bolsonaro sobre indícios de irregularidade nas tratativas para a aquisição da Covaxin.