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Prêmio PEBA: Metropole lança troféu para Piores Empresas da Bahia

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Prêmio PEBA: Metropole lança troféu para Piores Empresas da Bahia

Para reconhecer o trabalho daquelas que se esforçam no quesito má prestação de serviço, votação será aberta ao público

Prêmio PEBA: Metropole lança troféu para Piores Empresas da Bahia

Foto: Metropress

Por: Laisa Gama no dia 19 de setembro de 2024 às 09:28

Reportagem publicada originalmente no Jornal Metropole em 19 de setembro de 2024

Peba no Nordeste costuma ser algo sem valor, ordinário ou fuleiro, no melhor linguajar baiano. Na Metropole, vai além, é aquele serviço que passa longe de ser barato e só dá dor de cabeça ao consumidor. Não cumpre o que se compromete e ainda causa prejuízo. Haja esforço para isso, mas elas conseguem. E para reconhecer esse trabalho, o Grupo Metropole lança o prêmio PEBA (Piores Empresas da Bahia).

O prêmio foi batizado com apoio e doses de indignação dos próprios ouvintes, que diariamente compartilham suas queixas na Rádio Metropole, e a sugestão de nome, rápida e sagaz, de Abraão Brito. Agora, a equipe passou também a ir às ruas ouvir as queixas e opiniões da população. Assim, o troféu já chega com uma lista recheada de companhias que, segundo os próprios consumidores, são fontes constantes de transtornos e frustrações. A partir da próxima semana, eles poderão ajudar a eleger as piores empresas da Bahia. A votação será realizada no portal Metro1 e ficará aberta até o final do ano, quando a pior das piores terá finalmente sua habilidade reconhecida com o troféu PEBA.

Briga entre as piores

A cada vez que o Repórter Metropole vai às ruas, um nome novo surge e a lista vai crescendo a perder de vista. Agora, Tim, Vivo e Claro também se estapeiam pelo posto de pior entre as empresas de telefonia. Enquanto, a Unimed chega para mostrar que entre os planos de saúde a briga também é feia. Mas competitiva mesmo é a Integra, associação entre as concessionárias das linhas de ônibus do transporte público de Salvador. Sobre ela, há relatos de veículos sem manutenção e superlotados, assentos quebrados e até baratas. A Integra que chega disputando protagonismo com a Acelen, empresa responsável pelo Refinaria Mataripe e consequentemente o preço da gasolina na Bahia, um dos mais caros do Brasil. Essas empresas se juntam a nomes já consagrados no quesito má prestação de serviço e citados diariamente pelos ouvintes da Metropole.

Líder em paisagismo

A Coelba pode até prometer energia elétrica, mas entrega com maestria mesmo o serviço de paisagismo urbano, com seus postes recheados de emaranhados de fios. O trabalho da empresa nesse segmento se tornou marca registrada de Salvador. Basta virar uma esquina e olhar para cima que esse amontoado de fiação é encontrado. A empresa vem forte para a disputa, uma vez que já é líder na lista de queixas da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA).

Foto: Metropress/Filipe Luiz

Eterna número 1

A ViaBahia também vem para brigar pelo título, afinal ela por pouco não foi a primeira concessão rodoviária do país a sofrer intervenção federal, após a ANTT instaurar um processo de caducidade do contrato. O pedido foi negado pela Justiça, mas as queixas dos motoristas continuam a cada nascer do sol. Quem percorre o trecho de Salvador a Feira de Santana, por exemplo, é obrigado a pagar pelo menos R$ 7 à ViaBahia e corre o risco de entrar para a estatística dos 261 acidentes em 2024 ou ter pelo menos um pneu furado nos buracos.

Rainha da dor de cabeça

Como quem não quer nada, a HapVida também mostrou para que veio. Entregou cancelamentos unilaterais de planos, dificuldades em atendimento, negativa para realização de exames e mostrou que no quesito queixas é destaque. Já foram mais de 1,8 mil reclamações na ANS entre janeiro e agosto. Entre os ouvintes da Metropole, também é alvo de indignação. Em um dos casos relatados, uma mulher precisou ir à Justiça para realizar um exame e verificar a permanência de um câncer.

Foto: Metropress

De mal a pior

Aqui a fama é antiga e já passou até a fazer parte do linguajar soteropolitano. A fila do ferry agora virou unidade de medida para se referir à longa espera. Administrada pela Internacional Travessias Salvador (ITS), o ferry boat é sinônimo de indignação para os usuários do sistema. As reclamações vão além da espera, passam por embarcações antigas de estrutura precária e vão até a falta de limpeza nos banheiros. Não à toa, a concessionária foi multada em R$ 1 milhão no início do ano pelo Codecon e também chega a competir na disputa pelo Prêmio PEBA.