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Candidato à Presidência da Argentina, Milei diz que não houve 30 mil desaparecidos na ditadura militar do país
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Candidato à Presidência da Argentina, Milei diz que não houve 30 mil desaparecidos na ditadura militar do país
Milei também afirmou que há "uma visão torta da história" e chamou grupos guerrilheiros de terroristas
Foto: Flickr
O candidato de extrema-direita à Presidência da Argentina, Javier Milei, disse em um debate neste domingo (1º), que o número de desaparecidos na ditadura militar do país foi menor do que o estimado por organizações de direitos humanos.
"Não foram 30 mil desaparecidos, foram 8.753", disse o candidato. O número oficial, que até hoje é compilado pelo Registro Unificado de Vítimas do Terrorismo de Estado, é de 8.631 mortos e desaparecidos no período de 1976 a 1983, mas o próprio relatório reconhece que a cifra é subestimada.
Milei também afirmou que há "uma visão torta da história", chamou grupos guerrilheiros de terroristas, declarou que "durante os anos 1970 houve uma guerra e nessa guerra as forças do Estado cometeram excessos" e criticou "aqueles que usaram a ideologia [dos direitos humanos] para ganhar dinheiro e realizar negócios obscuros".
A candidata da esquerda, Myriam Bregman, foi a única a contestar as falas de Milei sobre a ditadura. "São 30 mil e foi um genocídio", disse. O termo "foram 30 mil" foi um dos mais comentados no X (antigo Twitter) na Argentina durante o debate, assim como "#MileiNoPrimeiroTurno".
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