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Mário Kertész critica polêmicas de Bolsonaro e ressalta independência do Grupo Metrópole; ouça

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Mário Kertész critica polêmicas de Bolsonaro e ressalta independência do Grupo Metrópole; ouça

"Aqui não tem puxadinho de partido nenhum. Agora, não adianta que a gente vai continuar a falar sim", disse MK, em comentário na Rádio Metrópole

Mário Kertész critica polêmicas de Bolsonaro e ressalta independência do Grupo Metrópole; ouça

Foto: Tácio Moreira / Metropress

Por: Metro1 no dia 26 de junho de 2019 às 09:04

A polêmica em torno da mudança da Fórmula 1 para o Rio de Janeiro em 2021, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, foi um dos temas do comentário de Mário Kertész, hoje (26), na Rádio Metrópole. MK considerou a discussão desnecessária diante dos problemas que o estado enfrenta e associou a iniciativa de Bolsonaro a uma disputa eleitoral antecipada com o governador de São Paulo, João Doria, cotado para concorrer à Presidência em 2022.

"O Rio de Janeiro, que está acabado em termos de segurança pública, de hospitais, de escolas, de tudo. O Rio de Janeiro está na lona completa. O senhor presidente da República se dá ao luxo de fazer um discurso dizendo que 99% ou mais de certeza que a partir de 2021 o autódromo voltará ao Rio de Janeiro, para em seguida ser praticamente desmentido pelo responsável pela organização das corridas da Fórmula 1. (...) Bom, já é uma vergonha a gente ter que assistir isso. Mas eu fico pensando o seguinte: o presidente da República é do Rio, o filho dele é senador pelo Rio. O que o Rio precisa agora é isso? Será que é isso que o Rio precisa, um autódromo, somente para disputar com o Doria?", analisou.

Para Kertész, o governo de Jair Bolsonaro tem outras preocupações desnecessárias, a exemplo das recomendações do Itamaraty sobre a definição de gênero, enquanto a economia enfrenta dificuldades. "Enquanto isso, no trimestre houve uma recessão de 0,2% e eu vejo o [jornalista e comentarista da Rádio Metrópole] Alexandre Garcia, arauto do bolsonarismo, todo feliz porque a inflação baixou. Ora, tem mais é que baixar, não tem quem compre! Não tendo quem compre, não tem preço. O preço baixa. Inflação desse jeito, eu prefiro ter hiperinflação, desde que o povo estivesse todo empregado, ganhando decentemente, mas... Eu realmente fico muito triste com essa coisa", lamentou.

Kertész fez questão de ressaltar a independência editorial e política do Grupo Metrópole. "Quando se faz crítica ao governo, porque o papel da imprensa é fazer crítica, ou então, como dizia Millôr Fernandes, torna-se um armazém de secos e molhados, os bolsonaristas ficam irritados, aí é 'puxadinho do PT'. Aqui não tem puxadinho de partido nenhum. Agora, não adianta que a gente vai continuar a falar sim", disse.

MK ainda falou sobre as manifestações a favor do ministro da Justiça, Sergio Moro, previstas para o domingo (30), e sobre os casos da deputada Flordelis e do influenciador digital Iuri Sheik.

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